Autoridades brasileiras se mobilizam para garantir presença no funeral do Papa Francisco, que será realizado no sábado, 26, em Roma. Com o número de participantes por país limitado a cinco pessoas pelo Vaticano, governadores e parlamentares brasileiros têm manifestado desejo de integrar a comitiva oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gerando disputas internas e negociações diplomáticas.
Limite imposto pelo Vaticano restringe comitiva brasileira
A Santa Sé definiu que cada nação poderá enviar apenas cinco representantes ao funeral. No caso do Brasil, os nomes já confirmados são o presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva, o ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, além dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP).
Com o grupo praticamente fechado, o interesse de outras autoridades brasileiras em participar do evento esbarra nas exigências do Vaticano. Para que haja qualquer ampliação na lista, será necessário que a embaixada do Brasil junto à Santa Sé consiga negociar exceções — algo considerado improvável por fontes diplomáticas.
Autoridades brasileiras em busca de uma caroninha até o Vaticano
Até o final da noite desta terça-feira, 22, ainda não havia uma definição formal sobre os nomes que integrarão oficialmente a comitiva. O Itamaraty, responsável por processar as solicitações de viagem, não havia recebido uma lista definitiva de participantes. De acordo com informações repassadas à imprensa por um interlocutor do Palácio do Planalto, a disputa interna tem sido intensa, descrita como “uma briga de foice no escuro”.
A previsão é que a viagem presidencial para a capital italiana ocorra na noite de quinta-feira, 24. No entanto, a confirmação dos nomes que estarão ao lado de Lula dependerá de um comunicado oficial da Presidência da República, que deve ser divulgado apenas em momento considerado oportuno.
Velório do pontífice deve reunir líderes mundiais em Roma
O Papa Francisco faleceu na segunda-feira, 21, aos 88 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. O funeral, marcado para sábado, 26, deverá atrair cerca de 200 chefes de Estado e líderes religiosos de todo o mundo.
Entre os líderes internacionais que confirmaram presença estão o próprio presidente Lula, além de Donald Trump (EUA), Javier Milei (Argentina) e Emmanuel Macron (França). A cidade de Roma já recebe um grande número de peregrinos por conta do Jubileu da Igreja, evento que ocorre a cada 25 anos e que contribui para o clima de comoção.
Diante da magnitude do evento e da presença de tantas autoridades globais, o Vaticano adotou medidas rigorosas de segurança. Os arredores da Praça de São Pedro estão com acesso restrito ao público, e o controle sobre o fluxo de pessoas foi intensificado. O objetivo é garantir a ordem e a segurança de todos os participantes durante as cerimônias de despedida e o conclave que escolherá o novo Papa.