O caso do Tio Paulo, um idoso levado morto a uma agência bancária de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, para um empréstimo de R$ 17 mil, teve sua primeira audiência de instrução realizada nesta terça-feira (12). A Justiça ouviu seis testemunhas de acusação, enquanto a sobrinha acusada, Érika de Souza Vieira Nunes, responde por estelionato e vilipêndio de cadáver.
O famoso caso do Tio Paulo
Na 1ª audiência de instrução sobre o caso do Tio Paulo, conduzida pela 2ª Vara Criminal de Bangu, seis testemunhas foram ouvidas pela Justiça. Duas testemunhas, previstas para comparecer, faltaram à sessão, que ocorreu sem a presença de Érika, a acusada. A sessão, restrita à imprensa, começou às 13h e manteve a palavra de várias testemunhas que puderam relatar as circunstâncias do crime que ocorreu em 16 de abril deste ano.
A sobrinha de Paulo Roberto Braga, Érika de Souza Vieira Nunes, foi detida inicialmente em abril, após o episódio, mas obteve liberdade em maio, após a Justiça acatar o pedido de sua defesa e revogar a prisão preventiva.
Segundo os advogados, Érika apresentou piora no quadro psiquiátrico, estando atualmente internada desde 24 de outubro, o que justificou sua ausência na audiência. A defesa da acusada argumenta que seu estado de saúde mental vem sendo um fator decisivo nas decisões judiciais relacionadas ao caso.
Relembre o Caso…
No dia 16 de abril, Érika Nunes levou o tio Paulo Roberto Braga, de 68 anos, já sem vida, a uma agência bancária em Bangu, onde ele supostamente assinaria um contrato de empréstimo no valor de R$ 17 mil. O caso do Tio Paulo chamou atenção quando funcionários do banco suspeitaram da condição do idoso e acionaram as autoridades locais. Com a chegada da polícia, foi constatado que Paulo Roberto já estava morto, e Érika foi detida sob suspeita de estelionato e vilipêndio de cadáver.
A denúncia formal contra Érika de Souza Vieira Nunes envolve os crimes de estelionato, pela tentativa de sacar o valor com o uso do nome do tio falecido, e vilipêndio de cadáver, em virtude de ter manipulado o corpo do idoso para interesses financeiros.
As acusações foram aceitas pela Justiça, e a audiência de instrução é uma etapa inicial importante para definir as provas e circunstâncias que serão analisadas durante o julgamento.
Após a primeira audiência, a continuidade do processo judicial está marcada para o dia 18 de fevereiro de 2025. Essa audiência complementar pretende ouvir mais testemunhas e dar andamento ao caso, que já atraiu significativa atenção pública, dada a natureza inusitada dos crimes. Espera-se que, no próximo encontro, Érika esteja presente para que possa ser ouvida e tenha a oportunidade de apresentar sua versão sobre os fatos.