Mato Grosso contou com 38 participantes, durante a realização do 3º Mundial do Queijo do Brasil, realizado entre os dias 11 e 14 de abril, em São Paulo.
A programação do evento, contou com três concursos nacionais: Melhor Queijeiro do Brasil, Melhor Queijista do Brasil e Melhor Fondue do Brasil, além de um internacional, o “Concurso de Queijos e Produtos Lácteos”, com participação de mais de 2 mil inscritos. Nessa categoria concorreram queijos, iogurtes, doces de leite e coalhadas.
Os queijos, por exemplo, foram avaliados de acordo com a sua aparência (exterior e interior), textura, aromas e sabores. É nessa fase que os concorrentes ganharam medalhas super ouro, ouro, prata e bronze. A segunda etapa, trouxe jurados de vários países para avaliar os queijos “super ouro”, da fase anterior e escolher o melhor queijo do concurso.
E uma queijaria de Mato Grosso acabou chamando a atenção pela qualidade e sabor do seu queijo entre os jurados.
A queijaria Cattani, que produz o laticínio no assentamento Pontal do Marape, no norte de Mato Grosso, no município de Nova Mutum, ganhou destaque entre os demais competidores e trouxeram para o estado o título de “super ouro”, com o queijo Maringá.
E eles não pararavam por aí. Outro queijo, o nozinho temperado, levou a melhor, sendo considerado “ouro”.
Para Raquel Maziero Cattani Xavier, sócia do pai na queijaria, o deputado estadual Gilberto Cattani, a oportunidade de mostrar o produto ao mundo e ser agraciada com um reconhecimento tão importante foi indescritível: “Foi muito emocionante. E não esperava esse resultado porque é a primeira vez que participo desse evento. Topamos participar de última hora”, ressaltou ela.
Raquel ainda contou como foi receber a notícia de que os queijos feitos de forma 100% artesanal aqui no estado haviam sido reconhecidos pelo padrão “super ouro” e “ouro”, respectivamente: “Já estávamos dentro do ônibus, saindo do evento e seguindo para o hotel e nossa acompanhante do Sebrae foi dizendo os nomes dos premiados. E todo mundo começou a gritar de alegria. Por último, nem tava esperando nada, citaram meu nome de que o “nozinho temperado” tinha ganhado ouro. A ficha não tinha caído. E quando fomos jantar saiu a lista do “super ouro” e foi quando vimos que o queijo maringá foi premiado”, contou ela empolgada com o resultado. E a produtora ainda complementou: “Foi uma virada de chave na minha vida. Foi perfeito e muito emocionante”.
O evento reuniu associações de produtores de 17 países, e é uma grande oportunidade para a cadeia produtiva, formada por pequenos negócios da agricultura familiar, apresentar os seus produtos, com o objetivo de criar oportunidades de negócios e aumentar a visibilidade da produção local.
A queijaria Cattani produz laticínios há 6 anos, e segundo Raquel, o segredo para garantir um bom queijo premiado é a dedicação e o aprimoramento: “Fui aprendendo e aprimorando. Vendo onde errava e acertava e melhorando. Não tem uma receita de bolo para esse queijo, ele é nossa identidade. Fomos moldando até chegar ao que ele é hoje. Não fizemos uma receita específica para levar para o mundial”.
Depois de um resultado como esse, a intenção é levar a produção da queijaria Cattani para venda em pontos importantes como feiras, incluindo as que são realizadas aqui na capital: “Se tudo der certo, vamos participar de feiras aqui em Cuiabá e também na região, levando nossos queijos premiados”, concluiu ela.
E quem quiser conhecer um pouco mais sobre os queijos que foram premiados (queijo Maringá e nozinho temperado) ou mesmo comprar e levar um sabor tão especial à mesa, basta acessar a página da queijaria no Instagram: @queijariacattani ou entrar em contato pelo número: (65) 99644 8428.
Participação de Mato Grosso no Mundial
Representando Mato Grosso, cinco produtores familiares de queijo, foram premiados pela qualidade dos produtos apresentados, durante o 3º Mundial do Queijo do Brasil, realizado de 11 a 14 de abril, em São Paulo.
Raquel Maziero Cattani Xavier, de Nova Mutum, recebeu a medalha “super ouro” com o queijo Maringá, e “ouro” com o Nozinho Temperado. Além dela, receberam a premiação com medalha de ouro, Larissa Berte Barbosa, de Nossa Senhora do Livramento, e Vandececléia Prochnow, do Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá. Além delas, Edmar Alves Trindade, de Nobres, também recebeu “ouro”, e Jackson Pacheco de Santo Antônio de Leverger, garantiu o “bronze” com o queijo Pantanal.
Estiveram presentes ao evento além dos produtores familiares, técnicos da SEAF e da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Além disso, houve também a participação de integrantes do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso (Sebrae).
A Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF) por meio do programa MT Produtivo Leite, tem papel importante no incentivo à cadeia leiteira, com auxílio do Governo de Mato Grosso.
O 3º Mundial do Queijo do Brasil
O 3º Mundial do Queijo do Brasil ocorreu entre os dias 11 e 14 de abril, na cidade de São Paulo. Durante os quatro dias de evento, a programação esteve voltada aos profissionais da cadeia produtiva de leite, e também para consumidores finais que puderam conhecer um pouco mais sobre o que há de melhor em produtos lácteos disponíveis no mercado.
Este ano, o evento contou com a realização de 3 concursos nacionais: Melhor Queijeiro do Brasil, Melhor Queijista do Brasil e Melhor Fondue do Brasil.
Mas a premiação internacional, o Concurso de Queijos e Produtos Lácteos, é a mais esperada entre os produtores participantes, o que inclui queijos, iogurtes, doces de leite e até mesmo coalhadas.
A feira de queijos, bebidas e alimentos artesanais, segundo os organizadores, atraiu pelo menos 50 mil pessoas durante os 4 dias de evento.
O Mundial ainda trouxe atividades mais técnicas aos participantes, dentro do programa “Via Láctea”. Foram realizadas conferências, palestras, minicursos, degustações comentadas e ainda tinha foi montado um salão de fornecedores da cadeia do queijo.