Seguindo o planejamento da Secretaria Estadual de Educação, Mato Grosso terá mais 30 novas escolas cívico-militares em 2025.
O anúncio foi feito pelo secretário de educação, Alan Porto, em reunião com a presidente da Assembleia Legislativa, Janaina Riva (MDB) realizada na manhã da última segunda-feira, dia 16 de setembro.
“Tivemos essa reunião para pedir apoio da Assembleia, nessa comunicação, nesse diálogo com a comunidade escolar, porque o processo de escolha vai passar por uma consulta aos pais e estudantes que vão participar dessa escolha”, explicou o secretário.
Atualmente, há 23 escolas estaduais sob a gestão da Polícia Militar e outras quatro pelo Corpo de Bombeiros Militar, além de uma unidade cívico-militar efetivada em 2021, em Cáceres, somando 28 unidades militares. “A ampliação de escolas militares é um anseio da comunidade escolar. Nós temos solicitações aqui de prefeitos de praticamente os 142 municípios, de pais, de profissionais da educação e até dos próprios deputados, então o governo vai nessa direção”, garantiu o secretário de educação.
Porto explicou que o Estado está no processo de escolha das unidades e que, assim que definidas as indicações, haverá o diálogo com a comunidade escolar. “Nós estamos nesse processo agora de escolha dessas unidades, levando em consideração alguns critérios, a questão da evasão escolar, vulnerabilidade social, a questão da violência, então a gente quer pegar uma escola que tem todos esses tipos de problemas e fazer uma transformação naquela comunidade”, adiantou o gestor.
O secretário adiantou ainda que o já foi realizado um processo seletivo para contratação de oficiais da reserva que integrarão a gestão compartilhada das escolas. “Nós fizemos um processo seletivo e foram selecionados 90 profissionais. Eles estão divididos em 12 municípios. Cuiabá, Várzea Grandes, Santo Antônio do Leverger, Nobres, Primavera do Leste, Tangará da Serra, e outros diversos municípios”, explicou. “Temos a expectativa de um novo processo seletivo. Como eu falei, a gente tem uma previsão de chegar a 100 escolas cívico-militares e a gente vai realizar outros processos seletivos para atender” , concluiu.
Para a presidente do Parlamento estadual, Janaina Riva (MDB), a criação e transformação de escolas estaduais em militares, por meio de gestão compartilhada, garante melhores resultados educacionais. “É importante esse diálogo entre os poderes. Tanto é que foi aprovado aqui no ano passado o Projeto de Lei n.° 1821/2023 para ampliação das escolas cívico-militares, inclusive com a grande maioria dos deputados fazendo a defesa dessa escola de maior qualidade para os alunos”, destacou.
A presidente destacou que o projeto de gestão compartilhada entre os servidores da educação e os policiais militares nas escolas que serão implantadas em Mato Grosso representa um aperfeiçoamento no sistema educacional. “Elas são um avanço porque a gente consegue, através das cívico-militares, atender aquelas crianças que mais precisam, porque a mudança vai começar nas escolas dos bairros onde temos maior dificuldade de manter os alunos em sala de aula, onde a evasão é alta e a vulnerabilidade é maior”, avaliou.
“Assembleia vai ajudar o governo nessa implementação das 30 novas escolas que serão transformadas em cívico-militares e nós vamos levar como um exemplo para, no futuro, avançar, porque o projeto do Estado é chegar a 100 escolas cívico-militares’, finalizou a presidente.
O critério para escolha das unidades que serão convertidas passa por uma avaliação de índices sociais e educacionais, além da participação de pais e alunos. “A lei de escolas cívico-militares diz que para a conversão da escola regular a instituição precisa ter índices elevados de violência escolar, índices elevados de evasão escolar e baixos índices de ensino-aprendizagem”, explicou a coordenadora de Escolas Militares em Mato Grosso, tenente-coronel Nájila de Moura Brandão.
“Então, estamos falando de ir para a conversão e escolas que tem essas três situações e mudar essa realidade, baseado principalmente em segurança, em permanência daquela criança na escola e melhoria das suas condições de ensino-aprendizagem”, destacou a militar.
*Maíra Nienow