O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a indicação de Nilton David, economista e head trader do banco Bradesco, para assumir a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC). A nomeação, junto a outras duas indicações para vagas na diretoria, poderá alterar significativamente a composição do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela definição da taxa básica de juros no país.
Nilton David, do Banco Bradesco, Assume Destaque no BC
Nilton David, atualmente ligado ao banco Bradesco, foi escolhido por Lula para suceder Gabriel Galípolo na diretoria de Política Monetária do Banco Central. Galípolo, que está de saída, será substituído oficialmente a partir de janeiro. A decisão do presidente reflete uma estratégia para moldar a direção do BC, dado que o órgão desempenha papel essencial na economia brasileira.
Além de David, o governo federal indicou Gilneu Vivan e Izabela Correia, ambos servidores de carreira do BC, para ocupar as diretorias de Regulação e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, respectivamente. Eles substituirão os atuais diretores Otavio Damaso e Carolina Barros, também oriundos do corpo técnico da instituição.
As três indicações ainda precisam passar pelo crivo do Senado Federal, etapa que inclui a sabatina dos candidatos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Essa análise é essencial para que os indicados possam exercer suas funções oficialmente.
Com a aprovação, a diretoria do BC contará com sete integrantes escolhidos pelo presidente Lula, de um total de nove, consolidando sua influência no Copom.
A nova composição do Comitê de Política Monetária
Atualmente, o Copom é composto por diretores que determinam as políticas monetárias do Brasil, como a taxa Selic. A chegada dos novos indicados de Lula reforça o peso do governo atual nas decisões do comitê.
Outros nomes já escolhidos pelo presidente para o BC incluem Ailton de Aquino (Fiscalização), Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais) e Rodrigo Teixeira (Administração), que assumiram seus postos no início de 2024.
Enquanto isso, dois diretores ainda mantêm vínculos com a gestão anterior: Diogo Guillen, responsável pela Política Econômica, e Renato Gomes, encarregado da Organização do Sistema Financeiro e Resolução, ambos nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.