O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está mobilizado para evitar as sanções dos EUA contra Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). As tratativas ocorrem diretamente com autoridades norte-americanas de alto escalão, em um esforço diplomático que se intensificou nas últimas semanas.
Negociações para conter sanções dos EUA contra Moraes
Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, integrantes do governo Lula têm mantido conversas constantes e reservadas com representantes do governo dos Estados Unidos. O objetivo é conter qualquer possibilidade de que as sanções dos EUA contra Moraes avancem, protegendo assim a imagem institucional do STF e do próprio governo brasileiro.
Fontes ligadas ao Palácio do Planalto, que preferiram não se identificar, revelaram que as negociações ganharam força após a constatação de que os pedidos por punições ao ministro não são mais isolados. A mobilização vai além do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e agora conta com apoio de figuras influentes no cenário político norte-americano.
Ainda conforme apuração da imprensa, há indícios de que grandes empresários do setor tecnológico, como Elon Musk, estariam pressionando o governo dos Estados Unidos a adotar medidas contra Moraes. Essa movimentação seria uma resposta direta às decisões do STF e às sinalizações do governo Lula em defesa de regulamentações que poderiam ser interpretadas como censura nas plataformas digitais.
O posicionamento das big techs ocorre em meio a uma crescente tensão sobre os limites da atuação das redes sociais no Brasil, especialmente após decisões judiciais envolvendo conteúdos e perfis nas plataformas.
Declarações e possibilidade real de sanções
Na última semana, o senador norte-americano Marco Rubio declarou publicamente que há, de fato, uma possibilidade concreta de que as sanções dos EUA contra Moraes sejam aplicadas. Segundo Rubio, o tema está avançando nas discussões internas e pode ganhar novos desdobramentos nos próximos dias.
A fala do senador acendeu um alerta no governo brasileiro, que passou a monitorar de perto os movimentos diplomáticos em Washington, além de reforçar os argumentos de defesa junto às autoridades dos EUA.
Estratégia diplomática do governo brasileiro
Diplomatas que atuam diretamente na defesa dos interesses do Brasil sustentam que, apesar da pressão internacional, o poder de influência das big techs sobre o governo norte-americano é limitado quando se trata de questões diplomáticas envolvendo outro país soberano.
A estratégia adotada pelo governo Lula tem sido destacar esse argumento, reforçando que qualquer tipo de retaliação, como as sanções dos EUA contra Moraes, poderia gerar atritos institucionais desnecessários e afetar negativamente as relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.