Uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas divulgada nesta quarta-feira (19) apontou que 55% desaprovam o governo Lula, enquanto 42% aprovam e 2,9% não souberam ou preferiram não responder. O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 16 de fevereiro de 2025, entrevistando 2.010 pessoas em 162 municípios do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com um grau de confiança de 95%.
55% dos brasileiros desaprovam o governo Lula
A região Sul lidera a desaprovação ao governo, com 64,8%. Em seguida, Norte/Centro-Oeste apresentam um índice de rejeição de 59,4%, enquanto o Sudeste registra 58,5%. O Nordeste é a região que mais apoia a gestão, mas ainda assim 42,1% dos entrevistados manifestaram desaprovação.
Entre os grupos que mais desaprovam o governo, os homens lideram com 57,8% de rejeição. O levantamento também aponta que 66,9% dos evangélicos e 62% dos entrevistados entre 25 e 34 anos desaprovam a gestão. Além disso, 62,7% dos entrevistados com ensino superior manifestaram opinião negativa sobre o governo.
Quando questionados sobre a avaliação geral do governo, 35% classificaram a gestão como “péssima”. A soma dos que consideram a administração “ruim” ou “péssima” supera os 50%, enquanto um percentual menor considera a gestão “regular” ou “boa”.
Possíveis cenários eleitorais
O mesmo levantamento também analisou um possível embate eleitoral entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Caso houvesse um segundo turno hoje, Bolsonaro venceria com 45,1% das intenções de voto, contra 40,2% de Lula.
No cenário de primeiro turno, Bolsonaro lideraria com 36% dos votos, seguido por Lula com 33,8%. Outros candidatos aparecem com menor expressividade: Ciro Gomes (PDT) teria 7,7%, Gusttavo Lima (sem partido) 5,1%, Ronaldo Caiado (União Brasil) e Eduardo Leite (PSDB) com 2,7% cada, e Helder Barbalho (MDB) com 1,1%.
Os números apontam uma percepção negativa significativa do governo Lula, especialmente em algumas regiões e entre determinados grupos sociais. A desaprovação majoritária pode indicar desafios para o governo e influenciar o cenário eleitoral futuro. Os dados também sugerem que, se as eleições fossem realizadas hoje, a disputa entre Lula e Bolsonaro seria acirrada, com vantagem para o ex-presidente em um eventual segundo turno.