Sêmia Mauad/ Opinião MT
O vereador de Várzea Grande, Pablo Pereira (União) que havia sido preso na Operação Gota D’água, na última sexta-feira, dia 20 de setembro, foi solto por decisão da Justiça.
Ele é acusado supostamente de envolvimento em crimes praticados dentro da Diretoria Comercial de Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande.
Apesar de estar solto, o vereador vai cumprir medidas cautelares, ou seja, vai fazer uso de tornozeleira eletrônica e está proibido de frequentar o DAE e outros órgãos públicos do município. Se o acusado descumprir as determinações retorna para a cadeia.
O mandato de Pablo Pereira está suspenso pela Justiça. O parlamentar está sendo acusado pela polícia de ser um dos líderes de organização criminosa que atuava no órgão e que teria causado imenso prejuízo financeiro ao DAE de mais de R$ 11 milhões de reais. O vereador realizaria uma espécie de pressão política com o intuito de cumprir os objetivos do grupo criminoso.
A investigação apontou ainda a prática de fraudes e corrupção na Diretoria Comercial do DAE, desde o ano de 2019. Os criminosos investigados dificultavam o acesso da população ao serviço de ligação de água, além de fazerem cobrança de propinas.
Durante a operação foram cumpridos 123 mandados judiciais, sendo 11 prisões preventivas, 25 mandados de busca e apreensão e 18 afastamentos.
6 imóveis e 26 veículos foram tomados pela Justiça, e ainda foi realizado bloqueio de contas de 22 investigados no valor R$ 11 milhões de reais.
O processo passa a tramitar em sigilo.