A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,2% no quarto trimestre de 2024, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (31). O índice se manteve estável em relação ao período anterior, quando o desemprego estava em 6,4%, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Queda na taxa de Desemprego no Brasil desde 2012
Em um panorama anual, a taxa de desemprego no Brasil em 2024 foi de 6,6%, representando o menor patamar registrado desde o início da série histórica, em 2012. Esse desempenho também significa uma redução de 1,2 ponto percentual em relação a 2023, quando o desemprego estava em 7,8%.
O menor índice anterior havia sido observado em 2014, quando o desemprego atingiu 7%. A nova marca reforça a tendência de recuperação do mercado de trabalho no país.
Apesar da estabilidade, a taxa de 6,2% ficou ligeiramente acima do menor nível histórico já registrado para um trimestre, que foi de 6,1% no período encerrado em novembro. O IBGE enfatiza que não costuma fazer comparações diretas entre períodos que envolvem os mesmos meses, como é o caso de novembro e dezembro.
O total de pessoas desempregadas no Brasil atingiu 6,8 milhões no quarto trimestre, um leve recuo em relação ao trimestre anterior, quando 7 milhões de pessoas estavam à procura de trabalho. No comparativo anual, a redução foi de 15,6%, uma queda significativa frente aos 8,1 milhões de desempregados registrados no mesmo período de 2023. Isso representa uma diminuição de aproximadamente 1,3 milhão de pessoas na busca ativa por emprego.
Crise Interna no IBGE e impactos na Credibilidade
A divulgação dos novos indicadores ocorreu em um momento de crise dentro do IBGE. A instituição enfrenta tensões internas devido a questionamentos sobre a gestão do presidente Márcio Pochmann. Em janeiro, quatro diretores pediram demissão, alegando dificuldades na condução dos trabalhos do instituto.
O IBGE se manifestou oficialmente sobre o assunto, refutando críticas e alegando que ex-funcionários e sindicalistas estão divulgando informações inverídicas sobre a atuação do órgão. Especialistas da área alertam que o embate pode comprometer a confiança pública nos dados divulgados.