O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, transformar Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, em réu. A decisão ocorreu nesta sexta-feira (28), na 1ª Turma da Corte, em resposta à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Léo Índio é acusado de participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Denúncia da PGR e crimes imputados a Léo Índio
A PGR apresentou a denúncia contra Léo Índio no dia 15 de janeiro, imputando-lhe cinco crimes. As acusações incluem:
– Associação criminosa armada;
– Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
– Golpe de Estado;
– Dano qualificado por violência e grave ameaça ao patrimônio da União;
– Deterioração de patrimônio tombado.
Segundo a PGR, as provas reunidas indicam a participação ativa de Léo Índio na invasão do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto.
Imagens e publicações nas redes sociais
As investigações apontam que Léo Índio divulgou imagens em suas redes sociais durante os atos de vandalismo. Em uma das publicações, ele aparece sobre o edifício do Congresso Nacional. Outra imagem mostra seus olhos lacrimejando, supostamente devido à exposição a bombas de efeito moral utilizadas pela força policial para conter os manifestantes.
Os promotores afirmam que essas evidências reforçam o envolvimento direto do acusado, demonstrando não apenas sua presença, mas também sua participação ativa nos atos que causaram danos ao patrimônio público e ameaçaram a ordem democrática.
Decisão da 1ª Turma do STF
O julgamento no plenário virtual do STF teve decisão unânime para aceitar a denúncia e abrir ação penal contra Léo Índio. Com isso, ele passa a responder judicialmente pelos crimes apontados.
A decisão da 1ª Turma se soma a outras ações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, que levaram à prisão e à investigação de diversos envolvidos.
Com a aceitação da denúncia pelo STF, Léo Índio passa a ser formalmente réu e enfrentará um processo criminal. As acusações são graves e estão diretamente relacionadas às tentativas de desestabilizar a ordem democrática do país. O andamento do caso será acompanhado de perto, e o desfecho da ação penal poderá ter impactos significativos na responsabilização dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.