O Supremo Tribunal Federal (STF) segue com a previsão de julgar Bolsonaro pela suposta tentativa de golpe ainda em 2025. A medida visa evitar que o processo interfira nas eleições presidenciais de 2026, garantindo que qualquer desdobramento judicial ocorra antes do próximo pleito.
Estratégia do STF para acelerar o julgamento
Para garantir o cumprimento dos prazos, parte da equipe do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, será dedicada à análise da denúncia. Além disso, a 1ª Turma do STF poderá ter ajustes na agenda para priorizar o julgamento dos envolvidos. Os prazos estabelecidos são considerados curtos para a instrução processual, o que exige celeridade na tramitação do caso.
A previsão é que o julgamento ocorra no primeiro semestre de 2025 ou, no máximo, no início do segundo semestre. Esse cronograma permitiria que eventuais recursos se estendessem até o final do mesmo ano, com a definição de possíveis penas antes do início do período eleitoral de 2026.
Denúncia apresentada pela PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia formal contra Bolsonaro e outros 33 investigados no dia 18 de fevereiro. A acusação baseia-se na suposta articulação de um golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2022. O caso foi dividido pela PGR em diferentes núcleos de investigação, com o objetivo de facilitar a análise das provas.
Próximos passos para julgar Bolsonaro
O STF deve agora decidir se aceita ou não a denúncia. Caso a acusação seja acolhida, Bolsonaro e os demais envolvidos passarão a ser réus e precisarão apresentar suas defesas. O processo então avançará para a fase de coleta de testemunhos e interrogatórios.
As defesas poderão indicar testemunhas para depor, e uma estratégia comum de adiamento do julgamento é a inclusão de um grande número de nomes na lista. Após essa etapa, será aberto o prazo para as alegações finais, permitindo que os advogados contestem as provas reunidas pela PGR e apresentem argumentos de defesa.
O relator Alexandre de Moraes conduzirá o processo e, após as fases preliminares, o STF definirá a data para o julgamento. O caso será analisado pela 1ª Turma do STF, composta pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Para garantir celeridade, há discussões sobre a possibilidade de aumentar a frequência das sessões da Turma.
Base da denúncia e impacto político
A denúncia contra Bolsonaro tem como base um relatório da Polícia Federal que detalha a suposta tentativa de impedir a posse de Lula. A investigação reuniu documentais e depoimentos que embasam a acusação apresentada pela PGR.
O julgamento de Bolsonaro poderá ter impacto significativo no cenário político do Brasil, especialmente com a proximidade das eleições de 2026. Se condenado, o ex-presidente pode enfrentar consequências jurídicas que comprometam ainda mais a sua elegibilidade.
O STF segue com a previsão de julgar Bolsonaro em 2025, garantindo que a decisão ocorra antes das eleições presidenciais. Com a denúncia aceita, o processo avançará para as próximas fases, com a análise das provas, depoimentos e a eventual definição de uma data para julgamento. O desfecho do caso poderá ter repercussões políticas relevantes para o futuro do país.