Na manhã desta segunda-feira (26), a Rússia desencadeou o maior ataque contra a Ucrânia desde o início da guerra em 2022. Explosões foram ouvidas no centro de Kiev durante a hora do rush, e o governo ucraniano informou que sete civis perderam a vida. Este ataque massivo envolveu o lançamento de mísseis e drones russos, atingindo várias regiões do país e causando graves danos.
Explosões em Kiev e reação Ucraniana
A cidade de Kiev foi atingida por explosões no início do dia, provocando pânico entre os moradores que buscaram refúgio em estações de metrô construídas na era soviética. O Exército ucraniano emitiu um alerta sobre o ataque em larga escala, informando que 11 bombardeiros estratégicos TU-95 russos estavam no ar, lançando mísseis contra alvos em várias regiões da Ucrânia. De acordo com autoridades locais, 236 mísseis e drones foram disparados contra 15 regiões diferentes, incluindo a capital.
Entre as áreas atingidas, a cidade de Lutsk foi particularmente afetada, com explosões que danificaram um bloco de apartamentos e deixaram possíveis vítimas, ainda em verificação pelas autoridades.
A defesa aérea ucraniana estava ativa em várias regiões, tentando interceptar os mísseis e drones lançados pelos russos. Além disso, a Polônia, preocupada com a proximidade dos ataques, ativou suas aeronaves como medida de precaução.
A Rússia e a escalada do Conflito
O ataque ocorreu poucos dias após a Ucrânia intensificar suas próprias ofensivas com drones contra a Rússia. Esse aumento nas hostilidades parece ter sido um fator decisivo para a retaliação russa, que aconteceu durante um período de significativa importância simbólica para a Ucrânia: a celebração de sua independência, em 24 de agosto. Este dia, que se tornou um símbolo de resistência contra a invasão russa, foi marcado por um ataque que claramente tinha como objetivo desestabilizar o país.
A violência do ataque russo não se limitou às perdas humanas; bairros inteiros de Kiev sofreram com a falta de energia e água, e a situação crítica se espalhou por outras partes da Ucrânia. Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, reagiu com uma promessa de retaliação contra a Rússia.
Em uma mensagem no Telegram, ele afirmou que o desejo russo de destruir a infraestrutura ucraniana teria um custo alto, sugerindo que a Ucrânia responderia atingindo a infraestrutura russa.
Tanto a Rússia quanto a Ucrânia mantêm a postura oficial de que seus ataques não visam civis, mas sim infraestruturas consideradas cruciais para o esforço de guerra. No entanto, as consequências dos recentes ataques mostram que civis continuam a sofrer os maiores impactos do conflito, com suas vidas e meios de subsistência constantemente ameaçados.