A Rússia realizou ataques em grande escala contra a infraestrutura energética da Ucrânia nesta quarta-feira (25), atingindo diversas regiões do país. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou os ataques como “desumanos” e destacou o impacto severo sobre a população em pleno dia de Natal.
Ataques em várias regiões da Ucrânia
As ofensivas russas afetaram cidades importantes, como Kharkiv e Dnipropetrovsk, com mísseis balísticos, de cruzeiro e drones de ataque. De acordo com autoridades locais, seis pessoas ficaram feridas em Kharkiv, enquanto uma fatalidade foi registrada na região de Dnipropetrovsk.
A população enfrenta cortes de energia e aquecimento, agravados pelas baixas temperaturas. Em Kharkiv, cerca de 500 mil pessoas foram privadas de aquecimento, enquanto a capital, Kiev, também registrou apagões significativos.
O presidente Volodymyr Zelensky condenou os ataques em um discurso nas redes sociais, referindo-se à escolha do Natal como um ato deliberado de crueldade. Segundo Zelensky, mais de 70 mísseis e 100 drones russos foram lançados contra a Ucrânia. “Eles continuam lutando para causar um apagão em nosso país”, afirmou, destacando a persistência das forças russas em atacar a infraestrutura energética crítica.
Defesa aérea da Ucrânia contra mísseis russos
As forças de defesa aérea da Ucrânia relataram a interceptação de 59 mísseis e 54 drones russos durante a noite e na manhã do dia 25. A embaixadora dos Estados Unidos, Bridget Brink, enfatizou a gravidade da situação ao descrever os ataques como um “presente de Natal” cruel, destinado a atingir não apenas famílias, mas também a infraestrutura essencial que as sustenta.
Os ataques causaram severos danos ao sistema energético da Ucrânia. Em Dnipropetrovsk, a vítima fatal foi atingida durante um bombardeio às instalações de energia. O governador da região, Serhiy Lysak, afirmou que o objetivo dos ataques era destruir o sistema elétrico regional.
O ministro da Energia da Ucrânia, German Galushchenko, informou que havia restrições no fornecimento de eletricidade em várias áreas do país. A DTEK, maior empresa privada de energia da Ucrânia, também relatou danos significativos em suas instalações. Maxim Timchenko, CEO da DTEK, pediu apoio internacional para reforçar a defesa aérea do país e proteger a infraestrutura crítica.