O Twitter/X voltou a funcionar no Brasil na tarde desta quarta-feira (9) após ficar inacessível por 39 dias. A liberação ocorreu após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o desbloqueio da rede social. Os usuários já relatam que o acesso está sendo restabelecido de forma gradual, especialmente nos principais provedores de internet.
X voltou a funcionar – O desbloqueio da rede social
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou a notificar as operadoras de internet sobre a necessidade de desbloquearem o acesso ao Twitter/X ainda na manhã desta quarta-feira. A medida foi tomada em cumprimento à decisão do STF, que autorizou o retorno das operações da rede social no país.
Segundo informações, o processo de restabelecimento do serviço pode levar algum tempo, especialmente em provedores menores. Apesar disso, as principais operadoras de telecomunicações já liberaram o acesso, permitindo que a maioria dos usuários do Brasil voltasse a utilizar a plataforma.
Embora o Twitter/X tenha voltado a funcionar parcialmente, especialistas apontam que o restabelecimento completo pode demorar até o fim de semana. O Brasil conta com mais de 20 mil provedores de internet, e nem todos têm a mesma agilidade para implementar as mudanças técnicas necessárias.
Segundo Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, cada operadora realiza os seus próprios procedimentos, o que faz com que o processo de normalização varie de acordo com o porte do provedor. Enquanto as grandes operadoras conseguem liberar o acesso rapidamente, os provedores de menor porte enfrentam mais desafios para restabelecer o serviço.
Razões para o bloqueio da plataforma
O Twitter/X foi bloqueado em 30 de agosto deste ano por determinação do ministro Alexandre de Moraes. A ordem judicial ocorreu após o proprietário da rede social, Elon Musk, ter encerrado as atividades do escritório da empresa no Brasil e demitido a sua representante legal no país.
Essa ação foi vista como uma violação das determinações do STF, que exigia o cumprimento de ordens judiciais relacionadas à moderação de conteúdos e ao bloqueio de perfis específicos na plataforma. Musk, por sua vez, justificou o fechamento do escritório argumentando que as ordens eram ilegais e feriam o direito à liberdade de expressão, garantido pela Constituição brasileira.
O fechamento do escritório do Twitter/X no Brasil gerou uma série de consequências jurídicas e operacionais para a empresa. Além do bloqueio da rede social, Elon Musk foi multado em R$ 28,6 milhões por descumprimento de ordens judiciais e pela recusa em nomear um novo representante legal no país.
As penalidades aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal visavam garantir que a plataforma operasse de acordo com as leis brasileiras, especialmente no que diz respeito à remoção de conteúdos considerados inadequados ou ilegais.