A Petrobras anunciou mais um corte no preço do diesel, reforçando sua política de ajustes conforme as condições do mercado internacional. A partir desta terça-feira, 6 de maio, o combustível vendido às distribuidoras sofrerá uma redução de R$ 0,16 por litro, estabelecendo o novo valor médio de R$ 3,27. Essa medida impacta diretamente o consumidor, embora o valor final nas bombas varie conforme tributos estaduais, margem de distribuição e lucro dos postos.
O corte no preço do diesel é o segundo anunciado pela estatal em um intervalo inferior a 30 dias. A última redução, ocorrida em 18 de abril, havia sido de R$ 0,12 por litro. Com isso, a Petrobras acumula uma sequência de reduções que refletem as oscilações do mercado global de petróleo, influenciado por fatores como a desaceleração econômica e a tensão comercial entre grandes potências.
Corte no preço do diesel nos postos
Considerando a composição obrigatória do diesel comercializado nos postos — com 86% de diesel A e 14% de biodiesel —, a participação da Petrobras no valor final ao consumidor será de R$ 2,81 por litro. Essa mudança representa uma queda de R$ 0,14 por litro no chamado diesel B, vendido diretamente ao público.
É importante destacar que o repasse da redução ao consumidor depende das decisões individuais de distribuidoras e postos de combustíveis, além das alíquotas tributárias estaduais. Ainda assim, a tendência é de alívio no custo para caminhoneiros, transportadoras e setores que dependem fortemente do diesel para suas operações.
Desde dezembro de 2022, o corte no preço do diesel acumulado nas distribuidoras já atinge 27,2%, o que representa uma redução total de R$ 1,22 por litro. Quando ajustado pela inflação do período, esse corte equivale a uma queda real de R$ 1,75, ou 34,9%.
Essa série de reduções ocorre em um momento em que o barril de petróleo vem registrando os menores valores dos últimos quatro anos. Desde abril, a cotação internacional tem se mantido abaixo dos US$ 60, pressionada pela instabilidade comercial entre Estados Unidos e China, além dos receios de uma possível recessão na economia americana. Essas variáveis têm influenciado diretamente os preços praticados pela Petrobras.