A Frente Parlamentar da Agropecuária recebeu o comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, coronel Flávio Gledson Vieira, para apresentação de um balanço sobre o enfrentamento aos incêndios realizado no período de estiagem no estado.
De acordo com o diagnóstico apresentado, foram registrados, até outubro deste ano, 40.315 mil focos de calor, uma média de 4,46 focos para cada 100 quilômetros quadrados (km²). As áreas consideradas produtivas e regularizadas registraram 0,99 foco por 100 km², as áreas improdutivas ou irregulares registraram 10,6 focos para cada 100 km². Nas áreas de assentamento rural, o índice foi de 7,47, nas Unidades de Conservação de 6,68 e na Terras Indígenas de 6,16 para cada 100 km².
De acordo com coronel Gledson, o levantamento aponta que nas áreas onde há atividade regular, o risco de incêndio é menor e a resposta no combate mais rápido. “Os números mostram que, diferentemente do que muitas vezes é publicado, os produtores são aliados na prevenção e no combate aos incêndios florestais. Eles atuam tanto na prevenção, quanto no combate, com seus maquinários, com recursos humanos”.
De acordo com o coordenador da FPA, deputado Dilmar Dal Bosco, o governo estadual desempenhou um papel fundamental para evitar que os prejuízos fossem ainda maiores. “Hoje vemos que o setor do agro está atento para prevenir o fogo”.
O diretor de relações institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Ronaldo Vinha, propôs ao deputado Dilmar Dal Bosco a criação de uma legislação que vincula a concessão de multas por incêndios a um relatório técnico dos Bombeiros. “Hoje, se uma propriedade pega fogo, a multa é lançada imediatamente em nome do proprietário. O que queremos é o direito de anexar ao processo um laudo dos Bombeiros que informe a causa do incêndio, a origem, para não sermos responsabilizados por crimes que não cometemos”.
*Lais Costa Marques