O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prorrogação do inquérito das fake news por mais seis meses. Essa decisão busca aprofundar as investigações sobre o financiamento, a organização e os métodos de ação atribuídos ao chamado “Gabinete do Ódio”, mantendo o foco na identificação dos envolvidos e nas práticas ilegais.
Em 2025, o inquérito das fake news completa seis anos
O inquérito das fake news, que tramita no STF desde 2019, tem sido uma ferramenta crucial para esclarecer as origens e os responsáveis por disseminar informações falsas de maneira coordenada. Segundo Alexandre de Moraes, o objetivo central é concluir diligências que incluem a análise de informações financeiras e bancárias obtidas com a quebra de sigilo.
Além disso, o ministro destacou que mais 20 pessoas serão ouvidas, complementando as apurações já realizadas pela Polícia Federal. Com essa extensão, o inquérito deve completar seis anos em março de 2025, consolidando-se como uma das investigações mais longas conduzidas pela Corte.
Para Moraes, a prorrogação também reflete a necessidade de aprofundar os elementos já reunidos, como os dados financeiros e bancários analisados até o momento. Moraes afirmou que o trabalho em andamento inclui uma ampla revisão de provas, para garantir que nenhuma linha de investigação seja negligenciada.
Próximos passos e expectativas
Com a prorrogação, espera-se que o inquérito avance em pontos cruciais para o desfecho das apurações. Entre as etapas previstas estão novas oitivas e o aprofundamento da análise de dados sigilosos. Caso a Procuradoria-Geral da República opte por apresentar denúncias, os casos serão levados à Justiça para julgamento.
Essa nova fase também amplia as possibilidades de responsabilização de supostos indivíduos e grupos que utilizam as fake news como ferramenta de manipulação e influência política. Por outro lado, a conclusão do inquérito é aguardada com expectativa por diversos setores, que cobram maior transparência sobre as investigações realizadas.
A expectativa é de que, em 2025, o trabalho seja finalmente concluído, cabendo à Procuradoria-Geral da República dar encaminhamento às denúncias ou arquivamentos necessários.