A primeira reunião ministerial do ano, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi marcada pelas fortes críticas ao ex-presidente Bolsonaro. Ao abrir o encontro, Lula não hesitou em criticar o ex-presidente, chamando-o de “covardão”, em meio a elogios aos esforços de seus ministros, sinalizando o início de um período de trabalho intenso e dedicado.
O “Covardão”
Durante sua fala, Lula destacou a ausência de um governo efetivo durante a gestão Bolsonaro, acusando o antecessor de fomentar divisões e propagar desinformação. Segundo ele, o foco de Bolsonaro estava mais voltado para instigar o ódio e a mentira do que para promover o crescimento econômico ou políticas de inclusão social.
Lula também apontou a necessidade de melhorar a comunicação do governo e de tomar medidas eficazes contra a escalada dos preços dos produtos básicos, uma preocupação crescente entre a população brasileira. Este ponto é crucial para reverter a queda na popularidade do governo, evidenciada por pesquisas recentes, e reafirma o compromisso do presidente em atender às demandas imediatas da população.
Alegações contra Bolsonaro
O encontro serviu ainda como plataforma para Lula abordar questões delicadas envolvendo o ex-presidente Bolsonaro, especialmente no que tange às alegações de tentativas de subversão democrática.
“Hoje temos certeza de que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022”, disse Lula. “E não teve golpe, não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia do presidente, mas porque o presidente era um covardão. Não teve coragem de executar aquilo que planejou e ficou em casa chorando,” afirmou Lula.
De acordo com depoimentos de altos oficiais militares, Bolsonaro teria discutido maneiras de permanecer no poder, apesar da derrota nas urnas, incluindo a possibilidade de instaurar um Estado de Sítio ou Defesa. Bolsonaro, por sua vez, defendeu-se alegando que discutir conteúdos constitucionais não configura crime.
Em meio a queda na popularidade e na falta de projetos que sejam de fato perceptíveis à população, o presidente Lula sempre encontra um tempinho para alfinetar o ex-presidente Bolsonaro.