O ex-vereador João Emanuel foi condenado a 8 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado por estelionato e organização criminosa, em sentença proferida pelo juiz João Filho de Almeida Portela da 7ª Vara Criminal de Cuiabá na última terça-feira (14).
Esquema Milionário
Segundo a Justiça, João Emanuel, juntamente com seu pai, o ex-juiz Irênio Lima Fernandes, Lázaro Roberto, Evandro José Goulart e Marcelo de Melo da Costa, orquestraram um esquema de golpes milionários utilizando a empresa Soy Group Holding America Ltda. As vítimas eram atraídas com promessas de juros abaixo do mercado e, após a entrega de adiantamentos, o grupo não devolvia o dinheiro investido.
A organização criminosa utilizava de diversas artimanhas para enganar as vítimas, inclusive oferecendo refeições e viagens luxuosas, além de apresentar um falso dono de banco chinês. Em um dos casos, a vítima Edson Vieira dos Santos foi lesada em R$ 50 milhões.
Condenações
João Emanuel, Lázaro Roberto e Irênio Lima figuravam como sócios minoritários da Soy Group e foram condenados a 8 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado. Evandro José Goulart, por ter feito mais vítimas que o ex-vereador, foi condenado a 11 anos e 2 meses de reclusão em regime fechado. Já Marcelo Melo da Costa recebeu pena de 7 anos e 6 meses em regime semiaberto.
O ex-juiz Irênio Lima Fernandes teve a prescrição do crime reconhecida devido à sua idade avançada (77 anos). Vale salientar que ele foi recentemente reintegrado à magistratura estadual pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após mais de 10 anos aposentado compulsoriamente por conta de sua participação no “Escândalo da Maçonaria”.
A condenação de João Emanuel e dos demais membros da organização criminosa é um importante passo para a justiça e serve como um alerta para que a população esteja atenta a este tipo de golpe. É fundamental verificar a procedência de empresas e investimentos antes de realizar qualquer transação financeira.