Idoso morre em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Rio de Janeiro enquanto esperava por atendimento médico. O caso, que ocorreu na noite de quarta-feira (25), levantou questões sobre a qualidade e eficiência do atendimento nas unidades de saúde da cidade.
Idoso morre em UPA da Zona Oeste
Jovelino Baptista de Almada, de 62 anos, deu entrada na UPA da Taquara, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, por volta das 15h, acompanhado por familiares. Segundo relatos, ele buscava assistência médica para tratar de um problema de saúde, mas enfrentou um longo período de espera antes de ser atendido.
Conforme informações de parentes, a condição de saúde de Jovelino piorou ao longo das horas. Durante a noite, ele sofreu um mal súbito dentro da unidade. Testemunhas afirmaram que ele chegou a desmaiar enquanto aguardava atendimento, causando desespero entre os presentes.
Um vídeo gravado por outros pacientes registrou o momento em que profissionais de saúde tentaram reanimar o idoso com massagens cardíacas realizadas no chão da UPA. Após essas primeiras tentativas, ele foi transferido para uma maca e levado a uma das salas da unidade. Apesar dos esforços da equipe médica, Jovelino não resistiu e veio a óbito ainda no local.
O corpo do idoso foi sepultado na tarde de quinta-feira (26) no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, também na zona oeste. Familiares e amigos expressaram indignação e tristeza com a perda, destacando que a demora no atendimento pode ter contribuído para o desfecho trágico.
Pronunciamento da Secretaria de Saúde
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro lamentou o ocorrido e informou que Jovelino foi atendido oito minutos após dar entrada na unidade. Apesar disso, a secretaria determinou uma investigação para apurar os detalhes do atendimento prestado e identificar possíveis falhas no protocolo.
Este não foi o único caso de morte em UPAs no Rio de Janeiro no mês de dezembro. No dia 13, José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, morreu enquanto esperava atendimento na UPA da Cidade de Deus, também na zona oeste. O paciente passou horas aguardando por assistência médica e faleceu sentado na unidade. Após o ocorrido, cerca de 20 funcionários foram demitidos, e o caso segue em investigação pela Polícia Civil.
As mortes recentes em unidades de pronto atendimento refletem uma crise no sistema de saúde pública do Rio de Janeiro. Longas filas, escassez de profissionais e falta de infraestrutura são desafios recorrentes enfrentados pela população que depende exclusivamente do SUS.