O governo brasileiro determinou o uso das Forças Armadas, em uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), para reforçar a segurança pública durante a Cúpula de Líderes do G20, que será realizada no Rio de Janeiro. O evento, previsto para os dias 18 e 19 de novembro, reunirá chefes de Estado e representantes das maiores economias do mundo. A presença militar será coordenada com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com ações voltadas para assegurar o perímetro de segurança nos principais pontos estratégicos da cidade.
Segurança estratégica para o G20 no Rio
A cúpula do G20 deste ano contará com 56 delegações, incluindo representantes de 21 países membros e de organizações internacionais convidadas. Até o momento, mais de 40 chefes de Estado ou líderes de governo já confirmaram presença no evento. Além da reunião de líderes, haverá o G20 Social, com eventos voltados à sociedade civil entre 14 e 16 de novembro.
Para garantir a segurança do evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto autorizando a atuação das Forças Armadas na operação GLO, que será realizada em conjunto com as autoridades de segurança locais e federais.
O decreto, publicado no Diário Oficial da União, estabelece a colaboração entre as Forças Armadas e o MJSP, além da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), para cobrir pontos críticos e garantir a ordem durante o evento.
Plano de ação e Segurança Integrada
O Plano Estratégico Integrado de Segurança, elaborado especificamente para o G20, define as diretrizes que as Forças Armadas deverão seguir na operação. Elas terão responsabilidade sobre áreas definidas, tanto em solo quanto em locais marítimos, onde eventos serão realizados.
Entre os locais incluídos estão o Museu de Arte Moderna (MAM) no Rio de Janeiro, a Marina da Glória, o monumento a Estácio de Sá, e o Aeroporto Internacional Tom Jobim, além dos hotéis onde as delegações estarão hospedadas.
Essas áreas terão perímetros de segurança monitorados de forma contínua, com especial atenção aos trajetos percorridos pelas comitivas entre o aeroporto e os pontos de evento. A segurança será intensificada nas vias principais, incluindo a Linha Amarela e a Linha Vermelha, bem como em outras ruas estratégicas das zonas sul e oeste da cidade, para assegurar um deslocamento seguro dos chefes de Estado.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública também terá um papel fundamental na operação da GLO, disponibilizando 95 agentes da Força Nacional de Segurança Pública para apoiar as ações de patrulhamento ostensivo e preventivo.
A atuação da FNSP se concentrará nos arredores do Museu de Arte Moderna, onde acontecerão as principais conferências, e no entorno de outros pontos relevantes da reunião. Esses agentes atuarão em conjunto com as forças locais e federais, contribuindo para a preservação da ordem e segurança nos locais de grande concentração de pessoas.
Além do policiamento ostensivo, a Força Nacional também executará atividades preventivas para antecipar e evitar possíveis incidentes. Esse suporte será essencial para complementar o trabalho das Forças Armadas nos pontos de entrada e saída dos participantes do evento, promovendo uma operação de segurança completa e eficaz.