O primeiro trimestre de 2024 trouxe um cenário preocupante para o mercado de trabalho brasileiro, com o desemprego em ascensão em oito estados. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (17), a taxa de desocupação nacional atingiu 7,9%, um aumento em relação aos 7,4% do último trimestre de 2023.
Alta na desocupação
Bahia e Pernambuco lideram o ranking dos estados com maior desemprego, com taxas de 14,0% e 12,4%, respectivamente. Já o Amapá, por outro lado, se destaca como a única unidade federativa a apresentar queda na taxa de desocupação, que passou de 12,7% para 10,9%.
Entre os estados que registraram aumento no desemprego, os destaques negativos ficam por conta do Acre (8,9%), Maranhão (8,4%), Minas Gerais (6,3%), Rio Grande do Sul (5,8%) e São Paulo (7,4%). Já Mato Grosso do Sul (5%) e Santa Catarina (3,8%) apresentaram crescimentos mais moderados.
Apesar da alta em oito estados, é importante ressaltar que outros 18 estados não apresentaram variação significativa na taxa de desocupação. Em termos anuais, na comparação com o primeiro trimestre de 2023, nove estados registraram queda no desemprego, sem nenhum aumento expressivo.
As maiores taxas de desocupação por região foram registradas no Nordeste (11,1%) e no Sul (4,9%), enquanto as menores taxas ficaram por conta do Centro-Oeste (6,1%) e do Norte (8,2%).
O aumento do desemprego no primeiro trimestre de 2024, segundo o IBGE (veja a tabela completa), não invalida a maioria dos indicadores positivos do mercado de trabalho na comparação anual. No entanto, acende um alerta para a necessidade de políticas públicas que combatam a desocupação e promovam a geração de empregos em todo o país.
Para se aprofundar ainda mais nos dados do desemprego por estado e região, confira a tabela completa disponibilizada pelo IBGE.
O cenário do desemprego no Brasil apresenta nuances regionais e conjunturais. Apesar da alta em oito estados no primeiro trimestre de 2024, a comparação anual revela um panorama mais positivo, com queda na desocupação em nove unidades federativas.
A Bahia se destaca com a maior taxa de desocupação do país, enquanto o Amapá registra a menor. O combate ao desemprego exige políticas públicas eficazes e direcionadas para as diferentes realidades do país, com foco na geração de oportunidades e na inclusão social.