*Sêmia Mauad/ Opinião MT
Foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, dia 20 de dezembro, a segunda fase da Operação Sisannes da Polícia Federal. A ação faz parte do trabalho de investigação da polícia a respeito do crime de lavagem de dinheiro. Os valores seriam advindos de venda de sentenças judiciais, aliás, esquema revelado com a deflagração da primeira fase da operação, que ocorreu no último dia 26 de novembro.
Foram cumpridos pela PF mandado de busca e apreensão no endereço de assessora do desembargador João Ferreira Filho, que é um dos principais investigados na operação.
O trabalho de investigação da polícia apontou que houveram operações imobiliárias recorrentes que foram realizadas pelos investigados de maneira suspeita. A intenção dos envolvidos seria despistar a origem ilegal do dinheiro usado para a compra dos imóveis residenciais e também veículos.
Diante do caso, o Supremo Tribunal Federal ainda determinou o afastamento das funções públicas dos servidores supostamente ligados ao esquema, recolhimento de passaportes dos mesmos, e o bloqueio de R$ 1,8 milhão dos investigados além de sequestro de imóveis comprados pelo desembargador.
As denúncias levaram ao afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho do Tribunal de Justiça de Mato Grosso por supostamente estarem envolvidos na venda de sentenças judiciais.