Na última sexta-feira (12), a Polícia Civil realizou uma grande apreensão de peixes em Cuiabá. Durante uma operação de fiscalização ambiental e de consumo, cerca de 500 kg de peixes da espécie tabatinga, já em decomposição e infestados por larvas, foram encontrados em um restaurante localizado em uma área de preservação.
Graves Irregularidades
A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (DECON) e trouxe à luz não apenas a presença dos peixes deteriorados, mas também diversas irregularidades operacionais no estabelecimento. Segundo relatórios das autoridades, o local também servia como um abatedouro ilegal. Lá, foram encontrados resíduos e lixos sendo descartados de forma imprópria nas proximidades de um rio, uma prática que configura uma séria ameaça ambiental.
Além do armazenamento inadequado que resultou na decomposição dos peixes, a fiscalização apontou a presença de germes nos alimentos, o que caracteriza um risco iminente à saúde pública. Este cenário alarmante culminou na interdição imediata do bar e restaurante pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Mato Grosso (Indea), que já havia notificado o proprietário anteriormente.
Consequências legais e ambientais
De acordo com o boletim de ocorrência, o estabelecimento está situado em uma área protegida pelo Governo Federal, e o proprietário não possuía as licenças necessárias para operar naquela localidade. O dono do restaurante e peixaria foi detido e encaminhado para a delegacia da Polícia Civil, acusado de causar poluição que pode resultar em danos significativos à saúde humana, morte de animais ou destruição da flora.
Os peixes apreendidos foram enviados à Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso. Lá, eles serão processados e utilizados na alimentação de animais, garantindo que, apesar das circunstâncias lamentáveis, haja um aproveitamento responsável dos recursos naturais comprometidos.
As autoridades seguem vigilantes para combater a ilegalidade e garantir a preservação do meio ambiente e a segurança alimentar da população. Ações como esta reforçam o compromisso com as normas ambientais e de saúde pública, essenciais para a sustentabilidade da vida silvestre e humana.