O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito presidente do Senado Federal pela segunda vez neste sábado (1º). Aos 47 anos, o parlamentar conquistou uma votação expressiva, recebendo 73 votos dos 81 senadores, um resultado que demonstra sua ampla articulação política dentro da Casa.
Davi Alcolumbre reassume a presidência do Senado
O resultado da eleição foi definido rapidamente. O mínimo necessário de 41 votos foi alcançado às 15h12, e a proclamação oficial ocorreu às 15h19. Alcolumbre recebeu 73 votos, enquanto seus adversários, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE), obtiveram apenas quatro votos cada.
Logo após a confirmação do resultado, imagens captadas no plenário mostraram os senadores Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) transmitindo ligações ao novo presidente da Casa. Parlamentares confirmaram que os telefonemas eram do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que reflete a relevância da eleição de Alcolumbre para diferentes espectros políticos.
Alianças estratégicas garantiram a vitória
Antes mesmo da votação, Alcolumbre já havia costurado uma sólida rede de apoios, tornando sua eleição praticamente inevitável. Ele conseguiu unir partidos tanto da base governista quanto da oposição, formando um bloco de 73 senadores favoráveis à sua candidatura. O apoio veio de legendas como PSD, PL, MDB, PT, União Brasil, PP, PSB, Republicanos e PDT, além de membros do Podemos e do PSDB.
Experiência na liderança do Senado
Alcolumbre retorna à presidência do Senado após já ter ocupado o cargo no biênio 2019-2020. Naquela ocasião, sua eleição aconteceu após a desistência de Renan Calheiros (MDB-AL), que tentava comandar a Casa pela quinta vez. O processo eleitoral daquele período foi marcado por controvérsias, incluindo um episódio de “voto fantasma”, quando 82 votos foram contabilizados em um pleito com apenas 81 senadores.
A vitória de Davi Alcolumbre reflete sua forte capacidade de articulação política e a habilidade de transitar entre diferentes grupos dentro do Congresso. Seu retorno à presidência do Senado reforça sua influência na Casa e sinaliza uma gestão baseada no diálogo com diferentes correntes partidárias.