O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou neste sábado (18) sua expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possa contribuir para reverter sua inelegibilidade no Brasil. A declaração foi dada no aeroporto de Brasília, onde Bolsonaro acompanhou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro antes de sua viagem para a posse de Trump, marcada para a próxima segunda-feira (20).
Bolsonaro e a esperança em Donald Trump
Durante o encontro com jornalistas, Jair Bolsonaro destacou a influência global de Donald Trump e sua capacidade de promover mudanças políticas significativas. Bolsonaro apontou que Trump é capaz de enfrentar situações complexas em diferentes partes do mundo, mencionando acontecimentos como renúncias de líderes e ações estratégicas. Segundo o ex-presidente, a postura de Trump poderia ser determinante para “afastar inelegibilidades políticas” no Brasil, incluindo as suas próprias.
Bolsonaro não detalhou de que forma Trump poderia ajudar diretamente, mas afirmou que a simples presença do norte-americano em questões globais já representa um impacto significativo.
Michelle Bolsonaro na Posse de Trump
Michelle Bolsonaro embarcou rumo aos Estados Unidos para acompanhar a posse de Donald Trump. Antes da viagem, ela ressaltou a liderança de Jair Bolsonaro no cenário político brasileiro e comentou sobre a perseguição que acredita que seu marido enfrenta. Segundo Michelle, Bolsonaro é “o maior líder da direita no país”, destacando sua influência nas eleições municipais e os desafios enfrentados desde que deixou a presidência.
Para Michelle, a situação enfrentada por Bolsonaro reflete a resistência a seu legado político e a preocupação de seus opositores com sua popularidade. Ela também expressou confiança em uma intervenção divina no futuro político de seu marido.
Atualmente, Jair Bolsonaro enfrenta inelegibilidade até 2030 devido a decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o considerou culpado por ataques infundados ao sistema eleitoral e pelo uso político do 7 de Setembro. Bolsonaro classificou-se como um “preso político”, mencionando que, apesar de não usar tornozeleira eletrônica, sente-se constrangido com as restrições impostas.
Ele também afirmou esperar que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não determine o uso do dispositivo eletrônico, o que, segundo ele, seria uma forma de “humilhação”.
Bolsonaro revelou que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, havia agendado reuniões com chefes de Estado nos Estados Unidos. Contudo, devido às restrições impostas pela Justiça brasileira, ele não pôde participar dos encontros. O ex-presidente mencionou ainda conversas com membros da equipe de Trump, sem dar detalhes sobre os nomes ou temas discutidos.