O Partido dos Trabalhadores (PT) e grupos da esquerda, convocaram apoiadores para uma manifestação na manhã de ontem (23) em todo o Brasil. O objetivo era contrapor a manifestação realizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ocorrida no último dia 24 de fevereiro. Porém, o ato “pró-democracia” teve pouca adesão e em algumas capitais ninguém compareceu para a mobilização.
São Paulo: Uma mobilização moderada
Em São Paulo, o coração econômico e político do Brasil, esperava-se uma grande mobilização. Contudo, o evento não alcançou as expectativas em termos de participação popular, com menos de mil pessoas marcando presença. Esse número modesto espantou até mesmo os organizadores do evento, afinal, à vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cidade durante o segundo turno das eleições de 2022 foi expressiva, ele obteve 53,54% dos votos válidos, superando Jair Bolsonaro.
Salvador: Expectativas e Realidade
A capital baiana, Salvador, também convocou sindicatos e membros do Movimento dos Sem Terra (MST) para apoiar o movimento, ainda assim, havia pouquíssimas pessoas nas ruas do pelourinho. A Polícia Militar estimou a presença entre 1,3 mil a 1,7 mil participantes. Apesar das expectativas criadas por lideranças petistas de um público aproximado de 10.000 pessoas, a realidade mostrou-se diferente, com um comparecimento que não atingiu as projeções iniciais.
Além de São Paulo e Salvador, outras cidades brasileiras e até locais no exterior testemunharam atos pró-democracia. Por exemplo, em Cuiabá, cerca de 20 pessoas se reuniram na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), enquanto em Brasília, a capital do país, não houve registros de participação nas ruas para tais manifestações.
Esquerda em alerta
Estas manifestações deveriam ser uma resposta aos atos organizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que em 25 de fevereiro reuniu de algo em torno de 750 mil pessoas na Avenida Paulista.
A esquerda buscou mobilizar seus apoiadores após esses eventos, utilizando plataformas digitais e redes sociais para amplificar suas convocações. No entanto, a resposta popular foi mais tímida do que o esperado em várias localidades, indicando um desafio em mobilizar a base de apoio em momentos cruciais.
Agora, a esquerda acende o alerta, justamente em uma semana onde a popularidade do governo Lula despenca e as movimentações para as eleições em outubro começam a ser articuladas.
Até agora, não se conseguiu ver a quantidade real dos eleitores do presidente Lula nas ruas, mesmo em suas aparições públicas e, agora, em atos organizados pelos grupos de esquerda, o que de certa forma é estranho para alguém que teve 60 milhões de votos.