A Receita Federal do Brasil divulgou hoje que a arrecadação federal de impostos em abril de 2024 alcançou R$ 228,8 bilhões, um aumento real de 8,26% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse resultado representa o maior valor já registrado para um mês de abril na série histórica iniciada em 1995, consolidando um recorde consecutivo de cinco meses com alta na arrecadação. No acumulado do quadrimestre, a receita federal soma R$ 886,6 bilhões, também com crescimento real de 8,33%.
Combustíveis e folha de pagamento puxam crescimento
O destaque do mês foi a receita com PIS/Cofins, que somou R$ 44,3 bilhões, alta real de 23,38% na comparação anual. Esse desempenho se deve principalmente ao retorno da tributação sobre combustíveis, à exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições e à redução das compensações.
A receita previdenciária também contribuiu para o resultado positivo, totalizando R$ 52,7 bilhões em abril, com crescimento real de 6,15%. Esse aumento se deve à alta da massa salarial e ao crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária.
Outro destaque foi o Imposto sobre Importação e o IPI-Vinculado à Importação, que juntos registraram arrecadação de R$ 8 bilhões, alta real de 27,46%. Esse resultado é explicado pelo aumento do valor em dólar das importações, da taxa média de câmbio, da alíquota média efetiva do Imposto de Importação e da alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.
Fatores atípicos
É importante ressaltar que, sem a consideração de fatores atípicos, como a arrecadação de R$ 120 milhões com Imposto de Renda sobre fundos exclusivos, a arrecadação em abril teria sido de R$ 213,1 bilhões.
Os números da arrecadação federal de abril de 2024 mostram um desempenho robusto, impulsionado por diversos fatores econômicos e ajustes fiscais. Com um crescimento real significativo em vários tributos, o Brasil estabelece novos recordes na arrecadação federal, um peso a mais no bolso dos brasileiros.