O influenciador digital Luccas Neto e quatro empresas responsáveis pela organização de um show realizado em dezembro de 2023, em Cuiabá, estão sendo processados pela Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT). A ação civil pública visa garantir indenização por danos morais aos consumidores e a devolução do valor dos ingressos pagos, após diversas reclamações sobre a qualidade do evento.
Ação Judicial contra Luccas Neto
O processo judicial teve início após uma série de reclamações feitas por espectadores que compareceram ao evento. Entre as principais queixas estavam o atraso excessivo, a inadequação do local escolhido para a realização do show e a falta de informações claras sobre o evento.
A Defensoria Pública destaca que diversas promessas, como a sessão de autógrafos e outras atrações, não foram cumpridas, causando frustração, principalmente entre o público infantil.
Em um dos trechos da ação, a Defensoria menciona problemas como som inaudível, cobrança de comanda sem aviso prévio e propagandas enganosas sobre o evento. Antes de ingressar com a ação, a DPMT tentou um acordo com as empresas envolvidas, mas a tentativa foi frustrada pela alegação de falência por parte das organizadoras.
No último domingo (18), o juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas, determinou que a população seja informada sobre o processo por meio de um edital, que deve ser publicado nos próximos 30 dias. Após a notificação, as partes envolvidas terão 15 dias para apresentar sua defesa.
A Defensoria Pública orienta os consumidores que desejam o ressarcimento do valor dos ingressos a comparecerem ao Núcleo de Direitos Difusos e Coletivos da instituição, munidos do comprovante de compra do bilhete.
Entenda o Caso
O show de Luccas Neto, realizado em Cuiabá, gerou grande repercussão negativa nas redes sociais, especialmente entre as famílias que compareceram ao evento. Diversos problemas foram relatados, como o atraso significativo no início do show e a mudança do local de realização em cima da hora, o que gerou confusão e insatisfação entre os espectadores.
Inicialmente programado para acontecer no estacionamento de um shopping, o evento foi transferido para o Ginásio Aecim Tocantins. A mudança de local, somada ao atraso na montagem do palco, fez com que o público precisasse aguardar por horas antes de entrar no ginásio, o que aumentou a frustração.
Outro ponto de destaque nas críticas foi a ausência da tão esperada sessão de fotos com Luccas Neto, que havia sido anunciada como parte do evento. A ausência dessa atração foi um dos fatores que mais gerou insatisfação, principalmente entre as crianças presentes.
Impacto nas redes sociais
A frustração do público se refletiu nas redes sociais, onde vídeos de crianças chorando e gritando durante o evento foram amplamente compartilhados. As críticas à organização foram intensas, com pais expressando indignação pela falta de estrutura e pelas mudanças de última hora.
Além disso, a falta de comunicação clara sobre o que ocorreria no evento foi um dos fatores que mais gerou insatisfação entre os presentes. A ausência de informações adequadas e o descumprimento de promessas feitas na promoção do evento contribuíram para a percepção negativa do público.
Com a decisão judicial de notificação pública e o prazo para defesa, espera-se que o caso tenha desdobramentos nos próximos meses, enquanto os consumidores aguardam uma resolução para a situação. A Defensoria segue à disposição para orientar aqueles que desejam solicitar o reembolso de seus ingressos e obter mais informações sobre o processo.