O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 22.634 focos de queimadas na Amazônia até o último domingo, 28 de julho de 2024. Este é o maior número de queimadas para o período desde 2005, destacando um aumento alarmante na devastação da floresta. As queimadas no bioma aumentaram 77% em comparação aos primeiros sete meses de 2023, quando foram registrados 12.776 focos.
Recorde de queimadas na Amazônia em 2024
De acordo com a ONG Greenpeace, as mudanças climáticas e o fenômeno El Niño desempenharam um papel significativo no aumento das queimadas este ano. Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, afirma que o aumento das temperaturas tem deixado a floresta mais vulnerável a incêndios.
“Acabamos de passar pelo ano mais quente já registrado nos últimos 100 mil anos e em junho completamos 13 meses consecutivos de temperaturas recordes mensalmente”, destacou Batista. A combinação de temperaturas elevadas e o fenômeno climático El Niño criam condições propícias para a proliferação de queimadas.
A fala de investimentos do governo para a prevenção
Batista enfatiza que a prevenção é a melhor forma de combater as queimadas. “Evitar que ele comece é crucial, pois, uma vez iniciado, ele se alastra e forma grandes queimadas”, explicou. Para isso, é necessário investir em estratégias de prevenção e manejo integrado do fogo. Além disso, é fundamental criar batalhões estruturados e bem equipados para combater incêndios nos biomas naturais.
Entre as medidas propostas para combater as queimadas estão a implementação de políticas públicas eficazes, aumento da fiscalização e o fortalecimento de brigadas de incêndio. O Greenpeace sugere que sejam criados batalhões especializados em combate a incêndios florestais, que sejam bem pagos e equipados para enfrentar esse desafio. A organização também destaca a importância do manejo integrado do fogo, que envolve técnicas de prevenção e controle de queimadas de forma sustentável.
Impactos das queimadas na Biodiversidade
As queimadas na Amazônia têm impactos devastadores na biodiversidade. A destruição de habitats naturais ameaça inúmeras espécies de plantas e animais, muitas das quais são endêmicas da região. A preservação da Amazônia requer uma ação coordenada entre governos, organizações não governamentais e a comunidade internacional. É fundamental que sejam adotadas medidas rigorosas para combater o desmatamento ilegal e as queimadas. Procurados, tanto o Ministério do Meio Ambiente quanto a Ministra Marina Silva, não quiseram comentar os dados divulgados hoje pelo INPI.