No início de seu segundo mandato, Donald Trump assinou um decreto que oficializou a retirada dos Estados Unidos da OMS. A decisão foi fundamentada, principalmente, em críticas à disparidade nas contribuições financeiras entre os países membros e à condução da organização durante a pandemia de covid-19.
Em 2020, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), citando desigualdade nas contribuições financeiras e críticas à atuação da organização durante a pandemia de covid-19. A medida gerou debates internacionais e foi revertida em 2021 pela administração de Joe Biden.
A saída dos EUA da OMS
Segundo Trump, enquanto os EUA contribuíam com aproximadamente US$ 500 milhões anualmente, a China com mais de 1 bilhão de habitantes, aporta menos de US$ 100 milhões. Essa discrepância foi destacada pelo ex-presidente como injusta, questionando o papel da organização em gerenciar recursos de forma eficaz.
Além das questões financeiras, Trump acusou a OMS de estar sob forte influência do governo chinês. Para a administração norte-americana, Pequim teria exercido controle sobre as decisões da entidade, o que teria prejudicado a resposta global à pandemia.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi alvo de críticas do governo Trump, sendo acusado de colaborar com a China para ocultar informações importantes sobre a origem do vírus. A OMS também foi questionada por suas políticas de saúde reprodutiva e sexual, consideradas contrárias às ideologias do governo republicano.
Diante disso, Trump decidiu suspender os repasses financeiros à OMS e reavaliar a participação de funcionários norte-americanos na organização. Ele ainda propôs buscar novos parceiros para assumir atividades previamente conduzidas pela agência.
Impactos globais e suspensão de negociações
A saída dos EUA da OMS teve impactos significativos na saúde global, uma vez que o país era o maior financiador da organização. A decisão também levou à interrupção das negociações sobre o Acordo Pandêmico da OMS e a revisão das emendas ao Regulamento Sanitário Internacional, ambos instrumentos voltados para fortalecer a resposta global a futuras crises de saúde pública.
Além disso, o governo Trump decidiu revisar a Estratégia de Segurança da Saúde Global dos EUA, prevista para 2024, indicando mudanças substanciais nas prioridades norte-americanas no cenário internacional.