*Sêmia Mauad/ Opinião MT
A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da Comarca da cidade de Sinop, decretou a prisão preventiva do acusado Danielson Martins Paiva, de 29 anos, por agredir com uma pá o gerente de um supermercado.
Para a magistrada a ação cometida por Danielson foi grave. Ela ainda reforçou que o acusado teve a coragem de agir de forma criminosa quando pegou uma ferramenta do próprio estabelecimento para agredir a vítima, que não esperava pelo golpe. O gerente foi atacado de forma violenta, segundo a juíza, sem possibilidade de defesa, porque estava de costas ao telefone.
“Dada a gravidade dos fatos praticados e a periculosidade de seu exposto autor, de modo que a decretação de sua contrição cautelar é medida de rigor. Com essas considerações, diante o preenchimento dos requisitos materiais e formais, homologo a prisão em flagrante do autuado Denílson Martins Paiva e converto-a em preventiva, com fundamento no artigo 312 do CPP, visando garantir a ordem pública”, disse a magistrada em trecho do documento.
O gerente sofreu ferimentos na cabeça e orelha, mas não corre risco de vida.
A SUPOSTA MOTIVAÇÃO DA AGRESSÃO
Durante depoimento a polícia, o acusado afirmou que a esposa dele é funcionária no estabelecimento comercial e havia contado pra ele que o gerente a assediou moralmente. O homem ainda contou que a esposa chegou por inúmeras vezes chorando em casa por conta das agressões morais supostamente cometidas pelo gerente. O problema que culminou na agressão teria tido início quando o gerente questionou a mulher de Danielson sobre algumas caixas de mercadorias que deveriam ter sido repostas nas prateleiras. Ela falou que estava de folga, quando segundo ela, o gerente disse então que “ela não deveria ter saído de folga”.
Depois disso, a mulher teria enviado mensagem ao companheiro, contando o assédio moral. Danielson disse para a esposa gravar o que ele dizia pra ela, mas segundo a mulher, os funcionários eram impedidos de ficar com celular no horário de trabalho.
Alterado, Danielson então decidiu ir ao local de trabalho da companheira e brigar com o gerente. Ele contou a polícia, em depoimento, que “o gerente era grande” então foi até a sessão de ferramentas e pegou a pá. Ele disse ainda que a intenção era atingir o ombro do homem, apenas para dar um susto nele, para que ele parasse de assediar moralmente a esposa e demais funcionárias. O acusado ainda afirma que depois do golpe recuou para trás e soltou a pá.
VEJA O MOMENTO EM QUE O GERENTE É AGREDIDO