*Sêmia Mauad/ Opinião MT
A Justiça deu início na manha desta segunda-feira, dia 15 de outubro, no Fórum da Comarca de Sinop, o julgamento do autor de chacina que matou sete pessoas, incluindo uma adolescente de 12 anos, no município. O réu está sendo julgado pelas mortes das vítimas Maciel Bruno de Andrade Costa, Orisberto Pereira Sousa, Elizeu Santos da Silva, Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, Josue Ramos Tenorio, Adriano Balbinote e Larissa de Almeida Frazão.
A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, é quem preside o júri. O promotor responsável é Herbert Dias Ferreira e o defensor público será Ricardo Bosquesi.
A expectativa é que sejam ouvidos durante julgamento testemunhas de acusação e de defesa do caso, além do próprio acusado, Edgar Ricardo de Oliveira.
COMO O CRIME ACONTECEU
A chacina ocorreu em Sinop, no dia 21 de fevereiro de 2023. Dois homens, incluindo o acusado Edgar que está sendo julgado hoje, perderam partidas de sinuca. Segundo a polícia, eles teriam sido alvo de piadas por parte das pessoas que estavam jogando com eles. Isso teria incentivado os mesmos a irem até a caminhonete, pegarem as armas e atirar contra sete pessoas.
Câmeras de segurança do local mostram o crime cometido pela dupla. Os dois atiradores pedem para que algumas vítimas fiquem de costas para a parede, quando um deles que estava com uma espingarda calibre 12, atira. Uma adolescente de 12 anos tentou correr, mas foi atingida por um dos assassinos já fora do bar. O pai dela também morreu.
Depois do crime, os dois bandidos fogem, mas retornam para pegar de volta o dinheiro da aposta. A polícia chegou a localizar um dos autores da chacina, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, mas durante confronto, em uma área de mata em Sinop, acabou morrendo.
O réu que está sendo julgado nesta segunda-feira, Edgar Ricardo de Oliveira, se entregou a polícia dois dias depois do crime. Ele permanece preso desde então na Penitenciária Central do Estado, aqui em Cuiabá. Ele preferiu não participar do julgamento de forma presencial, então será julgado por videoconferência. Sua defesa será feita pela Defensoria Pública Estadual, que estará de forma presencial no júri.