A Operação Integration trouxe à tona novas revelações sobre o envolvimento do cantor Gusttavo Lima com a casa de apostas Vai de Bet, colocando o artista em uma posição delicada diante das autoridades. A juíza Andréa da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), emitiu uma ordem de prisão preventiva contra o cantor, destacando sua ligação societária com a empresa Vai de Bet, suspeita de promover apostas ilegais e de estar envolvida em lavagem de dinheiro.
Suposta ligação societária entre Gusttavo Lima e Vai de Bet
Gusttavo Lima, conhecido por seu sucesso na música sertaneja, passou a ser associado não apenas a suas canções, mas também a questões jurídicas complexas envolvendo a casa de apostas Vai de Bet. De acordo com a juíza Andréa da Cruz, o cantor não apenas mantinha um contrato de uso de imagem com a empresa, como havia adquirido 25% das ações da Vai de Bet em julho deste ano.
Essa participação societária coloca Gusttavo Lima no centro das investigações que apuram a legalidade das operações financeiras da empresa.
A ligação entre Gusttavo Lima e a Vai de Bet foi inicialmente destacada pelo programa Fantástico da TV Globo, que revelou que a empresa de apostas havia comprado um avião da Balada, empresa do cantor. Essa transação financeira resultou no bloqueio de R$ 20 milhões das contas de Gusttavo Lima, levantando suspeitas sobre a natureza das operações comerciais entre o artista e a casa de apostas.
Desdobramentos da Operação Integration
A Operação Integration, que culminou na prisão preventiva de Gusttavo Lima, já havia resultado na detenção de outras figuras públicas, como a influenciadora Deolane Bezerra. A operação visa desmantelar uma suposta organização criminosa envolvida em jogos ilegais e lavagem de dinheiro, na qual a Vai de Bet é apontada como um dos principais elos.
Os advogados de Gusttavo Lima alegam que a prisão do cantor foi decretada de forma indevida, uma vez que a ordem judicial foi emitida 20 dias após as demais prisões relacionadas ao caso.
A defesa questiona a fundamentação da prisão preventiva, especialmente no que diz respeito à acusação de que Gusttavo Lima estaria ajudando na fuga dos investigados. Segundo a defesa, a viagem do cantor ocorreu antes da expedição das ordens de prisão, o que enfraqueceria a alegação de que ele estaria tentando obstruir a justiça.
Defesa de Gusttavo Lima
O advogado Nelson Wilians, representante legal de Gusttavo Lima, afirmou que pretende solicitar ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) a revogação da prisão do artista, sem quaisquer restrições ou condições. A estratégia da defesa é buscar um tratamento semelhante ao concedido a Deolane Bezerra, que foi libertada após uma decisão judicial favorável.
Os advogados do cantor sustentam que não há elementos suficientes para justificar a prisão preventiva, argumentando que as interações financeiras entre Gusttavo Lima e a Vai de Bet não configuram um envolvimento direto nas atividades ilegais investigadas.
A defesa também questiona a interpretação dada pela juíza Andréa da Cruz sobre a aquisição de ações na casa de apostas, alegando que essa participação não é, por si só, indicativa de qualquer conduta ilícita.