O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou nesta quarta-feira (24) que não enviará mais observadores para as eleições presidenciais na Venezuela, que ocorrerão no próximo domingo (28 de julho). A decisão foi tomada após declarações críticas do presidente Nicolás Maduro sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Declarações de Maduro
A decisão do TSE de cancelar o envio dos observadores veio após Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas utilizadas no Brasil. Em nota oficial, o TSE afirmou que as urnas brasileiras são seguras e auditáveis, contrariamente às alegações feitas por Maduro.
“Diante de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para acompanhar o pleito do próximo domingo”, declarou a instituição.
No início do mês, o TSE havia planejado enviar Sandra Damiani e José de Melo Cruz como observadores eleitorais, atendendo a um convite do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. Essa ação faz parte de uma prática comum de cooperação internacional durante períodos eleitorais, buscando promover a transparência e a integridade dos processos eleitorais.
Defesa das urnas eletrônicas brasileiras
O TSE aproveitou o comunicado para reforçar a confiabilidade das urnas eletrônicas utilizadas no Brasil, destacando que nunca houve qualquer prova de falhas ou instabilidades em seu funcionamento.
Além disso, a instituição ressaltou seu compromisso com a garantia de um processo eleitoral transparente e democrático. “Na democracia brasileira, o voto do eleitor é livre e garantido por um processo transparente, de lisura e excelência comprovada, o que assegura a confiança do brasileiro no sistema adotado”, afirmou a Corte.
As críticas de Nicolás Maduro ao sistema eleitoral brasileiro foram feitas em um comício na terça-feira (23 de julho). Maduro afirmou que o sistema de votação no Brasil é “inauditável” e exaltou o sistema eleitoral venezuelano, que, segundo ele, possui 16 auditorias e seria o “melhor sistema eleitoral do mundo”. “Onde mais no mundo se faz isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é inauditável. No Brasil? Eles não auditam um único registro”, disse Maduro em sua declaração.