Nas eleições nos Estados Unidos de 2024, Donald Trump venceu a disputa contra Kamala Harris, assegurando seu retorno à presidência em 2025. Este feito histórico o torna o segundo presidente na história do país a reassumir o cargo após uma derrota eleitoral, fato antes ocorrido apenas com Grover Cleveland.
Eleições nos Estados Unidos: o retorno de Trump
Donald Trump, ex-presidente e uma das figuras mais polarizadoras da política norte-americana, conquistou a vitória nas eleições de 2024 contra Kamala Harris, que era a candidata do Partido Democrata e sucessora de Joe Biden.
A eleição de Trump representa um marco importante, pois é a primeira vez em mais de um século que um ex-presidente volta ao cargo após uma derrota nas urnas. Grover Cleveland foi o único antes de Trump a alcançar esse feito, governando entre 1885 e 1889, perdendo a reeleição, mas retornando ao poder em 1893 como o 24º presidente dos EUA.
A vitória de Trump nas eleições nos Estados Unidos demonstra a força de sua base eleitoral, especialmente entre os eleitores conservadores. Sua plataforma de campanha abordou temas prioritários para esse grupo, como o fortalecimento da economia americana, o controle rígido das fronteiras e o impulso à indústria nacional. As promessas de restaurar políticas de seu primeiro mandato, como a redução de impostos e a renegociação de acordos internacionais, foram fundamentais para mobilizar seus apoiadores.
Uma vitória esmagadora dos Conservadores
Durante o processo eleitoral de 2024, Trump apostou em uma mensagem alinhada aos interesses dos eleitores conservadores. A campanha enfatizou a defesa da liberdade econômica, prometendo criar um ambiente favorável aos negócios e reduzir regulamentações. Outra pauta central foi o controle da imigração, uma questão que continua polarizando a sociedade norte-americana. Trump reafirmou sua posição firme sobre a necessidade de fortalecer as fronteiras e de reformar o sistema de imigração para garantir a segurança nacional.
O republicano também prometeu renovar o setor industrial dos EUA, argumentando que o país deve priorizar a produção interna e reduzir a dependência de importações, especialmente em áreas estratégicas. Este compromisso com a “América Primeiro” ressoou especialmente entre os eleitores das áreas rurais e das regiões industriais, onde há um sentimento de nostalgia em relação a uma era de prosperidade industrial no país.
Com o retorno de Trump à Casa Branca, as expectativas em torno das relações internacionais dos Estados Unidos são elevadas. Trump tem um histórico de adotar uma abordagem pragmática e de proximidade com lideranças globais influentes.
Em seu primeiro mandato, ele se reuniu com figuras como Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un, defendendo uma postura de diálogo direto. Esse comportamento contrastou com o isolamento diplomático observado durante o governo Biden, que manteve distâncias significativas de países como China e Rússia.
A perspectiva é que Trump retome essa postura de diálogo com grandes potências, ao mesmo tempo em que reforça a posição dos Estados Unidos em disputas comerciais e diplomáticas. O governo de Trump pode endurecer o tom com a China em questões comerciais e de propriedade intelectual, além de adotar uma política externa que privilegie os interesses econômicos norte-americanos.