A instituição financeira PagBank (PagSeguro) iniciou 2025 com uma reestruturação significativa que resultou na demissão de aproximadamente 10% de sua equipe. A medida foi divulgada nas redes sociais por ex-colaboradores e reforça a busca da empresa por eficiência em seu modelo de negócios, destacando a estratégia do PagBank em um mercado altamente competitivo.
Demissões no PagBank marcam início do ano
No início de janeiro, a PagBank tomou a decisão de desligar cerca de 500 funcionários, número que representa aproximadamente 10% de seu quadro de colaboradores, conforme relatado pelo site Layoff Brasil. A reestruturação foi confirmada pela instituição por meio de nota oficial, na qual afirmou que o objetivo era melhorar a eficiência operacional da empresa.
Apesar do impacto gerado, a instituição não confirmou oficialmente o número de demitidos. Essa não é a primeira vez que o PagBank realiza cortes em larga escala. Em 2023, a empresa também participou de uma onda de demissões que afetou grandes nomes do setor tecnológico.
Mesmo diante das demissões, os resultados financeiros do PagBank mostram sinais de evolução. A estratégia da empresa foca na integração de serviços financeiros e pagamentos, visando maior eficiência e crescimento sustentável.
No terceiro trimestre de 2024, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 572 milhões, representando uma alta de 5,6% em comparação ao trimestre anterior e 30% no acumulado anual. A receita somou R$ 4,831 bilhões, marcando um crescimento de 6% em relação ao trimestre anterior e de 20% no período de 12 meses.
Por outro lado, apesar do avanço nos resultados operacionais, as ações do PagBank sofreram uma queda significativa de 50% no acumulado do ano. Esse cenário evidencia a volatilidade enfrentada pela empresa em meio a um ambiente econômico desafiador.
Reação do Mercado às ações do PagBank
Após a divulgação do balanço financeiro, as ações do PagBank (PAGS34) registraram uma queda de 14,53% no pregão de 21 de dezembro de 2024. Apesar da reação negativa, analistas da XP Investimentos avaliam que a desvalorização foi exagerada, apresentando uma oportunidade de compra para investidores.
A XP estabeleceu um preço-alvo de US$ 19 para as ações do PagBank, indicando otimismo em relação ao desempenho futuro da empresa. Entre os pontos destacados, está a revisão positiva das estimativas de desempenho (guidance), considerada um indicativo da robustez dos negócios.
Os analistas da XP também mencionaram a estratégia do PagBank de investir em títulos públicos como uma decisão prudente, com potencial de ganho em spreads. Entretanto, enfatizaram que a expansão da carteira de crédito poderia oferecer perspectivas ainda melhores de rentabilidade.
Outro desafio apontado está relacionado à eficiência tributária. Embora a redução na alíquota de impostos tenha contribuído para o aumento dos lucros no segundo trimestre, o PagBank precisará continuar focando em otimizações fiscais para sustentar esse avanço a longo prazo.