A tão falada “taxa das blusinhas” chegou mais cedo do que o esperado. As gigantes do e-commerce AliExpress e Shopee anunciaram a antecipação da cobrança do imposto de importação de 20% sobre produtos com valor de até US$ 50. A medida, aprovada pelo governo em junho, visa aumentar a arrecadação e proteger a indústria nacional. Mas como essa nova regra vai impactar o bolso dos consumidores e o futuro das compras online?
Como funciona a Nova Taxa das blusinhas?
A partir de agora, todos os produtos adquiridos em plataformas como AliExpress e Shopee com valor inferior a US$ 50 estarão sujeitos à cobrança do imposto de importação. Além disso, o ICMS, imposto estadual, também incide sobre o valor total da compra, incluindo o frete. Essa nova tributação tem como objetivo nivelar o campo de jogo entre produtos nacionais e importados, além de gerar mais receita para o governo.
A nova taxa representa um aumento significativo no custo final das compras realizadas em plataformas de e-commerce. Para ilustrar, uma blusa de R$ 90 com frete de R$ 10 terá um acréscimo de aproximadamente R$ 24,58 com a incidência dos impostos. Essa diferença pode ser significativa para muitos consumidores, especialmente aqueles que buscam produtos a preços mais acessíveis.
O que acontece com a Shein?
Assim como AliExpress e Shopee, a plataforma de fast fashion Shein também será impactada pela nova regra. A empresa ainda não divulgou uma posição oficial sobre a antecipação da cobrança, mas é esperado que siga os mesmos procedimentos adotados pelas concorrentes.
As plataformas de e-commerce estão se esforçando para garantir a transparência nas novas regras. AliExpress e Shopee já informaram que os valores dos impostos serão devidamente calculados e detalhados no momento da finalização da compra. Essa medida visa evitar surpresas desagradáveis para os consumidores.
Futuro das compras online
A implementação da “taxa das blusinhas” pode gerar mudanças significativas no comportamento dos consumidores. É possível que muitos busquem alternativas para evitar o pagamento dos novos impostos, como a compra de produtos nacionais ou a utilização de plataformas de e-commerce que não sejam tão afetadas pela nova regra.