Um menino trancado no porta-malas de um carro foi encontrado por policiais militares na cidade de Jardinópolis, interior de São Paulo, na manhã deste sábado (12). A criança, de apenas seis anos, estava desaparecida desde o dia anterior, segundo relato dos próprios pais, que agora estão presos em flagrante. O caso gerou comoção entre os moradores e foi registrado pelas autoridades como maus-tratos, sequestro e cárcere privado.
Falso desaparecimento mobilizou equipes policiais
A mãe da criança, de 28 anos, e o pai, de 29, compareceram à Polícia Civil informando que o filho havia desaparecido. A denúncia gerou o início imediato das buscas pela cidade, com apoio de moradores e agentes de segurança. No entanto, a investigação teve uma reviravolta quando os policiais localizaram o menino trancado no porta-malas do carro da própria família, estacionado em uma área de mata, nas proximidades do bosque municipal.
Criança foi encontrada no porta-malas e encaminhada para atendimento médico
Imagens gravadas por moradores mostram o momento exato do resgate, com o menino sendo retirado do porta-malas visivelmente abalado. Após ser libertada, a criança foi encaminhada ao hospital da cidade, acompanhada por representantes do Conselho Tutelar, onde passou por avaliação médica. As autoridades não divulgaram o estado de saúde detalhado da vítima, mas confirmaram que ela está fora de risco.
Na delegacia de Jardinópolis, os responsáveis legais pelo menino receberam voz de prisão em flagrante e foram indiciados por uma série de crimes, incluindo maus-tratos, sequestro, cárcere privado e por submeterem o filho a situações degradantes e vexatórias. De acordo com informações preliminares, os pais queriam fugir de uma dívida com um agiota e utilizaram o suposto sequestro do filho para ganhar tempo e arrecadar dinheiro.
O Conselho Tutelar acompanha o caso de perto e já tomou providências para garantir os direitos da criança. A Justiça deverá decidir nos próximos dias se os pais continuarão presos preventivamente e qual será o destino provisório do menino. O caso segue sob investigação, e os laudos médicos e psicológicos serão fundamentais para embasar o processo judicial.