Os servidores das agências reguladoras rejeitaram a proposta do governo Lula e anunciaram uma greve de 48 horas. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que 99% dos votos na assembleia-geral foram contra a proposta apresentada, destacando a insatisfação com as condições oferecidas.
A greve, marcada para os dias 31 e 1º, afetará serviços essenciais, incluindo fiscalização em portos e aeroportos, além do fornecimento de energia e água.
Impacto nos serviços essenciais
De acordo com o Sinagências, a paralisação envolverá servidores de todas as 11 agências reguladoras, interrompendo atividades cruciais para o funcionamento da economia. Entre os serviços impactados estão o controle e fiscalização em portos e aeroportos, o abastecimento de energia elétrica e água, além de outros serviços regulados pelas agências reguladoras.
Entre esta terça-feira, 23, e quinta-feira, 25, os servidores se mobilizarão em aeroportos de todo o país, intensificando o Procedimento de Limpeza e Desinfecção de Aeronaves (PLD), o que poderá afetar significativamente a malha aérea nacional.
Proposta do Governo rejeitada
O governo havia oferecido um reajuste de até 21,4% para cargos de carreira e até 13,4% para quem está no Plano Especial de Cargos (PEC), com pagamento dividido em duas parcelas, uma em janeiro de 2025 e outra em abril de 2026.
Contudo, o Sinagências afirmou que a proposta não resolve as distorções remuneratórias internas da categoria, nem equipara os salários aos de outras categorias típicas de estado. A insatisfação com a proposta foi evidenciada pelo resultado da votação, com 99% dos servidores rejeitando a oferta do governo.
Mobilização dos servidores das agências reguladoras
Os servidores das agências reguladoras, representados pelo Sinagências, decidiram por uma paralisação geral com 92% dos votos. Essa decisão reflete a insatisfação generalizada com as condições oferecidas pelo governo e a necessidade de melhorias significativas.
A greve envolverá trabalhadores de várias agências, como:
- Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA);
- Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
- Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
- Agência Nacional de Mineração (ANM);
- Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
- Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq);
- Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
- Agência Nacional do Cinema (Ancine);
- Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP).
A paralisação dos servidores das agências reguladoras traz consigo sérias consequências para o país. Serviços essenciais como a fiscalização em portos e aeroportos, o fornecimento de energia elétrica e água serão diretamente afetados. A interrupção desses serviços pode trazer transtornos significativos para a população e para o funcionamento normal da economia.
A mobilização nos aeroportos, por exemplo, pode causar atrasos e cancelamentos de voos, impactando diretamente os usuários do transporte aéreo.