A Comissão de Educação e Cultura do Senado aprovou, nesta quarta-feira (19), o projeto de lei que institui mudanças significativas no Novo Ensino Médio. A proposta, que agora segue para o plenário do Senado, tem como objetivo aprimorar o currículo e a carga horária do Ensino Médio no Brasil.
Mudanças no novo Ensino Médio
O projeto de lei, enviado pelo governo ao Congresso em outubro do ano passado e aprovado pela Câmara dos Deputados em março deste ano, visa modificar a estrutura do Ensino Médio. Após a aprovação na Comissão de Educação, o texto agora aguarda análise no plenário do Senado.
O relatório elaborado pela professora Dorinha Seabra (União-TO) foi inicialmente apresentado na semana passada. Embora a votação estivesse prevista para terça-feira, a necessidade de analisar emendas ao texto levou a senadora a realizar alterações significativas, incluindo o retorno à carga horária básica de 2,4 mil horas de formação geral básica (FGB) para o Ensino Médio.
Durante a sessão desta quarta-feira, novas emendas foram acatadas, e um requerimento de urgência foi aprovado para agilizar a tramitação do projeto no plenário. A proposta busca garantir que as mudanças sejam implementadas com celeridade, visando melhorias na educação brasileira.
Detalhes da Carga Horária
A versão original do governo, aprovada pela Câmara, previa 2,4 mil horas para o currículo comum obrigatório e 600 horas para matérias específicas. No entanto, a nova proposta da senadora Dorinha Seabra ajustou esses números para 2,2 mil horas de formação geral básica e 800 horas para disciplinas optativas, permitindo maior flexibilidade e foco em áreas de interesse dos alunos.
Ensino Técnico
Para o Ensino Médio Técnico, a proposta estabelece um mínimo de 2,2 mil horas de formação geral básica a partir de 2025. Além disso, a carga horária total dos cursos técnicos deverá aumentar progressivamente, alcançando até 3,6 mil horas, conforme a especificidade e a duração dos cursos.
Espanhol no Currículo
Uma das novidades mantidas no relatório é a inclusão do espanhol como disciplina obrigatória dentro da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio. Esta medida visa ampliar as habilidades linguísticas dos estudantes, preparando-os melhor para o mercado de trabalho globalizado.
A aprovação do projeto de lei pela Comissão de Educação do Senado representa um passo importante para a reforma do Ensino Médio no Brasil. As mudanças propostas, que incluem ajustes na carga horária e a inclusão do espanhol no currículo, visam proporcionar uma formação mais abrangente e adaptada às necessidades dos estudantes. Com a urgência aprovada, o texto segue para o plenário do Senado, onde será debatido e votado.