O Rio Grande do Sul se encontra em meio a uma das maiores tragédias climáticas de sua história, com enchentes que já causaram mais de 80 mortes, 111 desaparecidos e 276 feridos. A catástrofe, que se intensifica com a chegada de novos temporais e queda brusca de temperatura, afeta diretamente mais de 850 mil pessoas e coloca em risco o acesso a serviços básicos como saúde, água potável e energia elétrica.
Novos temporais e frio intenso podem agravar a situação
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para a intensificação das chuvas no estado a partir desta segunda-feira (6), com previsão de até 100 milímetros em 24 horas, principalmente no extremo sul. Ventos fortes de até 100 km/h e queda de granizo também estão entre as previsões, enquanto o MetSul Meteorologia indica que a Região Metropolitana de Porto Alegre ainda enfrenta desafios pela queda na temperatura e a expectativa de mais chuvas.
Diante da gravidade da situação, o governo federal decretou estado de calamidade pública em 336 municípios, facilitando a transferência de recursos para as áreas mais afetadas. A devastação causada pelas enchentes impacta o acesso a serviços básicos, bloqueia rodovias e compromete a estrutura de 110 hospitais, levando 17 à suspensão total do atendimento e 75 à operação com capacidade reduzida.
Reconstrução em cenário de “pós-guerra” exige medidas abrangentes
O governador Eduardo Leite reconhece a necessidade de medidas abrangentes para a reconstrução do estado, em um cenário que ele classifica como “pós-guerra”. As ações incluem linhas de crédito, planos de recuperação para a agricultura e medidas ambientais para reestruturação dos espaços danificados.
A sociedade civil em todo o Brasil tem se organizado e enviado ajuda para os cidadãos atingidos pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Números atualizados da tragédia:
- Mortes: 83 (até 5 de maio de 2024);
- Desaparecidos: 111;
- Feridos: 276;
- Municípios afetados: 345;
- Desabrigados: 19.368;
- Desalojados: 121.957;
- Hospitais afetados: 110 (17 com atendimento suspenso e 75 com capacidade reduzida).
A tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul exige atenção e medidas urgentes de todos os setores da sociedade. A união de esforços é fundamental para auxiliar as vítimas, garantir o acesso a serviços básicos e reconstruir o estado, buscando minimizar os impactos e prevenir futuras catástrofes.