O vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ), saiu em defesa de Domingos Brazão, ex-deputado estadual e atual ministro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco.
Brazão foi preso neste domingo (24) pela Polícia Federal (PF) após a delação do assassino confesso Ronnie Lessa, que o apontou como responsável pelo crime.
Quaquá duvida da participação de Brazão no crime:
Em entrevista ao canal de TV CNN Brasil, Quaquá afirmou que conhece Brazão de longa data e não acredita que ele tenha cometido a brutalidade. “Sinceramente, não creio que ele tenha cometido tal brutalidade”, disse Quaquá.
O vice-presidente do PT também sugeriu uma ligação entre Ronnie Lessa e o movimento bolsonarista. “Espero que as acusações não sejam validadas com base apenas na delação de um assassino ligado ao bolsonarismo”, afirmou Quaquá. “É imprescindível que se apresentem provas concretas, que possam confirmar a delação.”
Histórico de apoio do PT a Brazão
Em 2014, Brazão fez campanha para a petista Dilma Rousseff, ao lado do então deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ). Meses depois, ele conseguiu apoio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, inclusive do PT, para ser indicado ao TCE-RJ. Naquele momento, Jorge Picciani, do mesmo partido de Brazão, presidia a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Outras prisões e mandados de busca e apreensão
Além de Domingos Brazão, o irmão dele, o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também foram detidos pela PF. A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PF também cumpriu 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
A prisão de Domingos Brazão e as demais ações da PF geraram grande repercussão no cenário político nacional. O PT, através de seu vice-presidente nacional, Washington Quaquá, saiu em defesa de Brazão, enquanto a PF segue investigando o caso com o objetivo de esclarecer o assassinato de Marielle Franco.