O Superior Tribunal Federal, manteve a prisão preventiva de dono de uma farmácia, P.H.B. Ele é acusado de lavar dinheiro do tráfico de drogas de facção criminosa, no estabelecimento que fica no Bairro Tijucal, em Cuiabá. A decisão foi proferida pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca.
P.H.B ainda tentou ajuizar um habeas corpus pedindo a revogação da prisão, que foi negado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O suspeito então apelou ao Supremo Tribunal Federal alegando que a acusação de integrar organização criminosa não é suficiente para mantê-lo detido. O réu ainda apresentou documentos de arrecadação do Simples Nacional que mostraram as vendas de acordo com os impostos recolhidos.
A investigação Follow The Money, que foi deflagrada em março deste ano pela Polícia Civil, foi quem apresentou provas contra o comerciante e demais envolvidos no crime. A ação policial tinha como foco a desarticulação de esquema de lavagem de dinheiro advindo do tráfico.
Na época, a farmácia teve os medicamentos no valor de R$ 190 mil apreendidos. E o estabelecimento teve que fechar as portas, ou seja, ficou com as atividades suspensas.
A INVESTIGAÇÃO
As investigações tiveram início depois da apreensão de carregamento com 400 tabletes de maconha. A droga foi localizada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Sinop, em uma chácara na zona rural do município, em julho de 2022.
A equipe então descobriu esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas com a utilização de empresas fantasmas e empresas abertas que acabavam dando aparência de dinheiro legal as transações.
A polícia efetuou a prisão de Marcelo Henrique Mendula que seria o responsável por realizar os repasses de valores da facção criminosa. O dinheiro movimentado por meio de empresas fantasmas e outras empresas reais, serviriam ainda para dar assistência aos presos na Penitenciária Central do Estado.