Em recente declaração, Lucas Costa Beber, líder da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), destacou uma significativa aproximação entre o setor do agronegócio e o governo atual, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste cenário, onde a política e a produção agrícola se entrelaçam, ressalta-se o movimento de entidades como a Aprosoja em direção a uma postura de diálogo e colaboração, transcendendo inclinações partidárias anteriores e focando no avanço e segurança do setor.
Novas estratégias…
Lucas Beber expressou que, apesar de uma preferência pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, reconhecida especialmente durante as eleições de 2022, a Aprosoja e outras entidades do agronegócio mantêm uma postura política, porém não partidária.
“Claro que cada um é livre para escolher o seu candidato, mas as entidades jamais foram partidárias. E sim, defendemos políticas que tragam segurança. A gente espera, em alguns aspectos, que o atual governo também ouça o setor e traga essa segurança, porque isso faz com que o produtor tenha mais segurança para investir, também para atrair investimento de fora”, afirmou Beber.
Segundo ele, essa abertura para o diálogo com o governo Lula é fortalecida pelo reconhecimento do trabalho já realizado pelo atual presidente em mandatos anteriores, especialmente em aspectos que beneficiam diretamente o agronegócio.
Um ponto crucial levantado por Beber foi a ênfase na segurança jurídica e no direito à propriedade, aspectos considerados fundamentais para o investimento e desenvolvimento do setor. O apoio do governo de Mato Grosso, liderado por Mauro Mendes, em promover uma política de “invasão zero” nas propriedades privadas, foi destacado como um exemplo positivo das políticas necessárias para garantir a estabilidade e atratividade para investimentos no agronegócio.
Visão de futuro e diálogo construtivo
O presidente da Aprosoja-MT salientou a importância de políticas que favoreçam o agronegócio, independentemente de alinhamentos políticos. A expectativa é que o governo atual esteja receptivo ao diálogo e disposto a implementar medidas que proporcionem maior segurança para os produtores.
“É natural que não se tenha um discurso tão xiita, digamos assim, contra o nosso setor. Acho que aos poucos as coisas vão se ajustando, e por isso que a gente não pode falar de política partidária, mas sim de políticas que defendam o setor”, afirmou.
Segundo Beber, a perspectiva é de otimismo quanto à possibilidade de ajustes nas relações políticas, visando o desenvolvimento sustentável do setor agrícola brasileiro.
Com uma visão de futuro construtiva, a aproximação entre o agronegócio e o governo atual pode marcar um novo capítulo de colaboração e progresso para a agricultura brasileira, ou talvez não!