Uma nova praga chinesa está gerando preocupação entre os especialistas no litoral paulista. Trata-se do percevejo-de-pintas-amarelas (Erthesina fullo), um inseto considerado uma praga na Ásia e que já foi registrado 22 vezes na região da Baixada Santista. O primeiro registro do percevejo-de-pintas-amarelas no Brasil ocorreu em 2020, nas proximidades do Porto de Santos.
O biólogo Yan Lima e Silva avistou o inseto em uma árvore, inicialmente acreditando ser uma espécie nativa. Contudo, após ser alertado por cientistas sobre a praga, começou a investigação sobre a presença da espécie no país.
Percevejo-de-pintas-amarelas: Uma ameaça ao Agro brasileiro
Embora o percevejo ainda não tenha causado danos significativos no Brasil, sua presença é motivo de preocupação para os pesquisadores. A espécie pode se tornar invasora caso continue a se expandir, comprometendo o equilíbrio ambiental e causando prejuízos econômicos tanto no Brasil quanto em outros países da América do Sul. O percevejo-de-pintas-amarelas é polífago, ou seja, se alimenta de diversos tipos de plantas, aumentando os riscos de infestações em diferentes cultivos.
Uma das hipóteses mais prováveis sobre a chegada do percevejo-de-pintas-amarelas ao Brasil é que ele tenha sido trazido por navios, possivelmente em contêineres. Esse meio de dispersão já foi observado em outras espécies invasoras, facilitando a propagação de pragas entre continentes.
Impacto na saúde humana
Até o momento, o percevejo-de-pintas-amarelas não representa riscos à saúde humana. No entanto, autoridades recomendam o monitoramento contínuo da espécie. Qualquer pessoa que aviste o inseto é encorajada informar ao IBAMA ou tirar fotos e publicar no iNaturalist, a fim de aumentar a base de dados sobre a praga e auxiliar nas medidas de controle.
A chegada do percevejo-de-pintas-amarelas ao Brasil é um sinal de alerta para a necessidade de monitoramento e controle de espécies invasoras. A prevenção é essencial para evitar que pragas como essa comprometam o meio ambiente e a economia do país. A cooperação entre cientistas, autoridades e a população é fundamental para enfrentar essa nova ameaça.