A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) recebe, na próxima segunda-feira, dia 17 de março, o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Oliveira, para falar sobre o cronograma de execução dos serviços e obras para implantação do BRT.
A reunião deverá atualizar os deputados e a população sobre o futuro das obras que foram interrompidas após a suspensão do contrato entre o governo e o consórcio responsável pelos trabalhos.
O PROJETO DO BRT
Iniciado em agosto de 2022, o projeto do BRT em Cuiabá e Várzea Grande está orçado em aproximadamente R$ 460 milhões e deveria ter sido entregue em outubro do ano passado. Porém, apesar do pagamento de R$ 150 milhões às empresas executoras, segundo dados do Fiplan (sistema financeiro do governo estadual), menos de 20% dos trabalhos foram executados.
O atraso nas obras tem dificultado a vida da população. Usuários do trânsito e comerciantes das regiões afetadas sofrem as consequências dos congestionamentos e interdições realizadas na avenida Rubens de Mendonça, conhecida como Avenida do CPA.
OS IMPACTOS CAUSADOS PELA OBRA
A empresária Isabela Zanardo, dona de um salão de beleza próximo ao viaduto da avenida Miguel Sutil, conta que as obras começaram um ano e meio após a abertura do empreendimento e têm causado transtornos, principalmente para os clientes que têm dificuldade para chegar até o salão.
“Sem falar que, quando chove, fica tudo cheio de lama, engarrafa. Nossos clientes reclamam muito e, com certeza, impactou no movimento do salão”, afirma Isabela.
O servidor público Juenes Sousa Silva explica que precisou adequar a rotina para evitar atrasos, mas ele acredita que depois de pronto o sistema vai melhorar a mobilidade na cidade. “É um mal necessário, quando ficar pronto, vai facilitar a vida, principalmente dos usuários de transporte público”.
*Lais Costa Marques