*Sêmia Mauad/ Opinião MT
O desembargador João Ferreira Filho, segundo investigação da Polícia Federal, teria beneficiado um policial militar acusado de organização criminosa e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. O policial foi solto mesmo depois de ter sido preso e responder pelas acusações, em 2021, no município de Sorriso, interior do estado.
O ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Cristiano Zanin, afirma que os fatos apontados pela Polícia Federal “se qualificam como suficientes para demonstrar o envolvimento de João Ferreira Filho na empreitada criminosa”, afirmou o magistrado.
A polícia conseguiu interceptar conversa entre o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves e o advogado assassinado Roberto Zampieri, onde os dois conversavam sobre um pagamento de R$ 100 mil reais. O fato ocorreu depois da soltura do policial acusado.
A investigação ainda mostra que Andreson repassou a Zampieri auto de prisão em flagrante contra o sargento da PM. Durante a conversa Andreson teria dito “assunto para você ver” e ainda afirmou que “o juiz ainda não se manifestou”.
A intenção do lobista era que o policial fosse solto por meio de um habeas corpus no Tribunal de Justiça. Nesse sentido, o desembargador João Ferreira Filho, facilitaria tal fato.
A Operação Sisamnes foi deflagrada pela PF na última terça-feira, dia 26 de setembro, com o objetivo de investigar esquema de venda de sentenças.