A Polícia Civil de Mato Grosso (PCMT), por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes (DEEF) de Cuiabá, prendeu nesta quarta-feira (06) um estelionatário que aplicava diversos golpes em vítimas da capital e de Campo Grande (MS). O criminoso, identificado como L.S.F., de 35 anos, ostentava vida de luxo com os recursos obtidos ilicitamente.
Entenda o caso…
A investigação, liderada pela equipe da DEEF, desvendou um complexo esquema de estelionato, lavagem de dinheiro, receptação e falsidade ideológica. Após a análise criteriosa das evidências, o Núcleo de Inquéritos Policiais da capital aprovou a solicitação da Polícia Civil, resultando na emissão de um mandado de prisão preventiva contra o acusado.
Também, foram realizadas buscas e apreensões, bloqueio de bens e a suspensão das atividades de uma empresa vinculada ao suspeito.
Durante a operação de busca, realizada em um dos endereços ligados ao acusado, no bairro Araés, a polícia conseguiu apreender múltiplas folhas de cheque previamente furtadas, assinadas e prontas para serem utilizadas fraudulentamente. O estelionatário foi capturado no bairro Despraiado, na residência de sua companheira, marcando um ponto de virada na investigação.
Falsificação e vida de farsas
As investigações apontaram que o fraudador se passava por empresário, utilizava sua boa aparência e operava uma loja com fachada sofisticada em Cuiabá, com o intuito de enganar as vítimas. O mesmo modus operandi foi observado em Campo Grande, onde ele também aplicou golpes e foi objeto de investigação pela Polícia Civil local. As evidências coletadas revelaram dezenas de registros de ocorrências contra o acusado, datando desde 2021.
Vítimas relatam prejuízos significativos
Em um caso relatado, uma vítima sofreu um prejuízo de mais de 310 mil reais, após o estelionatário lhe pagar com cheques sem fundo. Outra vítima, enganada sob a promessa de um serviço, acabou perdendo talões de cheque em um esquema que envolvia empréstimos não autorizados e falsificação de assinaturas.
A investigação descobriu que o criminoso havia estabelecido empresas fantasma, utilizando dados falsos, incluindo os de um menor de idade. Essas manobras visavam ocultar suas atividades ilícitas e dificultar o rastreamento de seus crimes.
Além disso, vítimas que acreditaram nas promessas de entrega de produtos da loja de decoração enfrentaram a amarga realidade de não receber o que foi comprado, encontrando-se impossibilitadas de recuperar seus pagamentos.
A prisão do estelionatário demonstra o empenho da PCMT no combate a crimes contra o patrimônio. A investigação robusta e a rápida ação da DEEF evitaram que mais pessoas fossem vítimas dos golpes.