A cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, tornou-se o epicentro de uma intensa operação policial após a fuga de dois presos da penitenciária federal local. Investigadores descobriram que os fugitivos de Mossoró, potencialmente armados com fuzis, passaram vários dias abrigados em um esconderijo rural, equipado com comida, eletrodomésticos e comunicação via rádio. Este incidente desencadeou uma vasta busca pela região, envolvendo recursos tecnológicos e a colaboração da comunidade.
A Fuga e o Esconderijo
Rogério da Silva Mendonça, 36, também conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, apelidado de Tatu ou Deisinho, conseguiram escapar da custódia federal em uma operação que deixou as autoridades em alerta máximo. Ligados à facção criminosa Comando Vermelho, os dois foram vistos pela última vez após quase oito dias de fuga, sugerindo uma rede de apoio bem estruturada.
O esconderijo, localizado em um sítio pertencente a Ronaildo Fernandes, foi cuidadosamente escolhido para evitar a detecção por sensores de calor de drones policiais. Este detalhe revela o nível de planejamento envolvido na fuga.
Relatos de duas mulheres em uma fazenda próxima ao assentamento Vila Nova 2 trouxeram novas pistas sobre o paradeiro dos fugitivos. Elas reportaram ter visto dois homens, aparentemente sujos e fatigados, que rapidamente se ocultaram na vegetação ao perceberem ser observados.
A polícia acredita que essa tentativa de invasão de domicílio reforça a teoria de que eles ainda estão nas proximidades, levando a uma intensificação das buscas na divisa entre Rio Grande do Norte e Ceará.
Apoio do Comando Vermelho
Investigações da Polícia Federal apontam para um esquema de apoio logístico fornecido pela facção Comando Vermelho aos fugitivos. Desde alimentação e transporte até o fornecimento de armas de fogo, parece haver uma estrutura preparada para sustentar os criminosos em fuga. Contatos iniciais entre os fugitivos e membros da facção foram estabelecidos logo após a fuga, marcando o início de uma série de movimentos estratégicos para evitar a captura.
Um indivíduo de Mossoró, identificado como parte da rede de apoio e com registros criminais prévios, foi preso sob suspeita de auxiliar na fuga. Acusado de receber pagamento para facilitar a movimentação dos fugitivos, esse homem é apenas uma peça de um complexo quebra-cabeça que a polícia está determinada a solucionar.
A situação em Mossoró destaca não apenas a audácia dos criminosos em questão, mas também a complexidade das redes criminosas que operam dentro e fora das prisões brasileiras.
À medida que a busca pelos fugitivos continua, as autoridades estão mobilizando todos os recursos disponíveis para garantir sua recaptura. Este incidente serve como um lembrete crítico da constante batalha contra o crime organizado e da importância da segurança penitenciária no Brasil.